O desembargador Orlando de Almeida Perri manteve, hoje, a prisão preventiva do vereador Neriberto Erthal (PSC), acusado apontar revólver para o vereador Edimar Batista, durante sessão da câmara municipal de Querência (973 km de Cuiabá), há duas semanas. Ele segue preso na capital, onde foi localizado, na última sexta-feira.
Os advogados alegaram que a própria vítima da ameaça, o vereador Edimar Batista (PDT), declarou ser amigo de Neiriberto e não acredita que o colega da parlamento possa representar uma ameaça, informa a Gazeta Digital.
O desembargador considerou que embora Edimar tenha adotado um tom pacificador em relação a Neriberto, o episódio é investigado “em tese, tentativa de homicídio, uma vez que sacou a arma, apontou-a e, segundo Edimar”, puxou o gatilho dela por duas vezes, tudo motivado por desentendimentos de ordem política, dotado de gravidade concreta que autoriza a sua prisão preventiva para a garantia da ordem pública”. “Ou seja, em liberdade e autorizado a participar das atividades ordinárias da câmara, o representado potencializa o temor de vítimas e testemunhas, especialmente porque ainda pode estar na posse da mesma arma que empregou no episódio”, cita outra parte do despacho”, decidiu.
Conforme Só Notícias já informou, Neriberto se desentendeu com Edimar quando discutiam sobre o aumento de mais 2 vereadores no legislativo e reajuste salarial. Uma imagem do circuito interno mostra que Neriberto discursava se referindo ao colega que teria dito algo. Ele saiu de sua mesa foi em direção a Edimar, desferiu um tapa, se desequilibrou e caiu. Em seguida saca do revólver, um policial afasta Edimar e na sequência se baixam atrás da mesa, outro soldado aborda Neriberto e o retira do plenário. Dois vereadores, que estavam bem próximos de Neriberto entraram embaixo da mesa e várias pessoas correm do plenário.
A mesa diretora da câmara disse que estão sendo feitos procedimentos internos diante das representações de queda de decoro que podem culminar com a cassação de Neriberto.