O comerciante, de 59 anos, passou por audiência de custódia, ontem à tarde, e teve a liberdade provisória concedida pelo juiz plantonista. Ele havia sido preso no sábado ao ser flagrado pelos policiais militares agredindo a esposa, de 55 anos, com um cinto, num quarto da residência. A vítima também foi atingida por golpes de facão, e apresentava hematomas nos braços, boca, peito e costas, consta no boletim de ocorrência.
O magistrado entendeu que apesar de haver indícios de materialidade e autoria delitiva, não foi constatado perigo no fato do agressor permanecer em liberdade, e logo a prisão preventiva seria “medida desnecessária, pois sua liberdade não põe em risco a ordem pública, a aplicação da lei penal ou a instrução processual penal, sendo a concessão da liberdade provisória, no caso dos autos, medida cabível”.
O suspeito no entanto está proibido de se aproximar da vítima e familiares, manter contato com ela e familiares por qualquer meio de comunicação, frequentar a residência dela ou qualquer outro lugar em que ela esteja, dentre outras. Também foram impostas medidas cautelares, que ele deve cumprir, como comparecer a todos os atos processuais quando intimado, e outras.
Conforme Só Notícias já informou, os militares registraram que quando chegaram no imóvel encontraram uma filha, informando que a mulher estava sofrendo agressões há mais de uma semana, e que naquele momento ambos estariam trancados num quarto.
Quando os policiais entraram no imóvel, encontraram a vítima nua sobre a cama, chorando, e o suspeito em pé. Sobre o móvel, havia um cinto usado nas agressões. A mulher contou que além de ser agredida, constantemente era ameaçada de morte e tinha medo.
Aos militares, informou também que havia um facão embaixo da cama, que também era usado para agredi-la. Ontem, o suspeito disse que se fosse preso mataria a mulher e toda a família quando recebesse liberdade. Diante disso, foi encaminhado à delegacia de Polícia Civil.