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Vereador aponta arma para outro durante sessão da câmara em Mato Grosso

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Só Notícias (foto: reprodução - atualizada 12:21h)

O vereador Neriberto Erthal (PSC) apontou revólver, esta manhã, para o vereador Edimar Batista (PDT), durante sessão da câmara de Querência (750 km de Cuiabá, na região Araguaia). Neriberto estava se pronunciando sobre projetos de lei que entrariam na pauta, aumentando de 9 para 11 o número de vereadores e outro prevendo pagamento de 13º para vereadores, prefeito e vice.

Neriberto estava discursando, abordando a democracia “para discutir verdades, não mentiras, não boatos como foi dito pelo nobre colega que foi citado por algo que não estava”, afirmou. “Não sou filho de pai assustado” e “quero aqui dizer para vossa excelência que me lembro muito bem de uma ligação de vossa excelência para todos os vereadores, todos”. “O único vereador que vossa excelência ligou e disse não vou o vereador Coutinho”, prosseguiu Neriberto, referindo-se a suposta articulação do colega para aprovação de projetos. “Edimar eu vou falar mais uma vez. O trabalho é feito e organizado. Vossa excelência seja homem e assuma que recebeu a ligação…”, afirmou Neriberto, que interrompeu discurso, possivelmente diante da resposta dada pelo outro vereador, mas não captada pelos microfones.

Neriberto levantou-se em seguida, sacou o revólver e apontou para o Edimar. A imagem da transmissão da sessão feita pela assessoria da câmara mostra um policial militar intervindo. Neriberto não chegou a fazer disparos, houve gritos e tumulto no plenário onde estariam cerca de 50 pessoas assistindo. O presidente Telmo Alves de Brito encerrou a sessão.

Só Notícias manteve contato com a delegacia de Polícia de Querência que não confirmou se o vereador foi preso. “O boletim de ocorrência está sendo elaborado”, disse uma fonte. Às 11 horas, um policial na delegacia municipal informou que ainda “não foi apresentado nenhum dos acusados, nem boletim de ocorrência e a arma”.

O presidente Telmo Brito disse que o episódio “é lamentável”. “A gente previa uma discussão calorosa relacionada ao que foi ventilado, durante a semana, pelas redes sociais onde alguns cidadãos acabavam instigando a sociedade para vir para a câmara e, às vezes, fazer com que a presença deles intimidassem os vereadores e isso acaba fazendo com que o vereador fique com sangue à flor da pele. Mas não justifica o que ocorreu. A gente como presidente pede desculpa a população”, declarou. A mesa diretora solicitou a presença da polícia para acompanhar a sessão.

“É um fato que vai ser discutido nos próximos dias. É preciso calma”. “Esse acontecido colocou a vida (em risco) não só dos parlamentares mas de todas as pessoas presentes”. “Algumas representações devem ser feitas, a câmara vai tomar suas medidas de acordo com regimento interno da casa”, “com apoio de nossa assessoria jurídica”, acrescentou o presidente do legislativo.

 

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