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Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprova moção de repúdio a deputado em SP por declarações sexistas

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Só Notícias (foto: arquivo/assessoria)

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou, em sessão plenária, moção de repúdio ao deputado Arthur do Val (sem partido), de São Paulo, por suas declarações com teor sexista sobre refugiadas ucranianas, em meio a guerra contra a Rússia, afirmando, em áudio em grupo de aplicativos, que elas são “fáceis porque são pobres”.

“As falas que não merecem ser reproduzidas, em razão de seu conteúdo absurdo, revelam seu mal caráter, sua índole perigosa, mesquinha e machista. Não se pode permitir que este comportamento se reproduza em nenhum ambiente, especialmente o público”, criticou o deputado Xuxu Dal Molin, autor da propositura. “Não estou aqui para falar que este deputado é isto ou aquilo, mas sim para mostrar para o Brasil com o que não concordamos. Foi infeliz [deputado] e, na minha opinião, falando em grupo fechado ou não, você está expressando o que o seu caráter é. Investido de mandato ou não”, afirmou o autor da propositura.

Única mulher no parlamento, Janaína Riva (MDB) também defendeu a aprovação da propositura. Ao citar as dificuldades enfrentadas pelo público feminino, em especial as mulheres ucranianas, a deputada mato-grossense reforçou a necessidade da mudança comportamental a fim de reduzir o preconceito. “Políticos que tratam a mulher desta forma, como o deputado Arthur do Val tratou, que descrevem mulheres de forma tão pejorativa, merecem sim, na minha opinião perder o mandato”, defendeu.

“Confesso que acompanhei estarrecido a notícia e demorei uns dois dias para ter coragem de ouvir aquele áudio. Um áudio repugnante, nojento. Como é que um parlamentar que obteve quase 500 mil votos é capaz de expressar em palavras um sentimento tão mesquinho e repugnante contra as mulheres”, complementou o deputado Valdir Barranco (PT).

Após o episódio, essa semana, ele pediu desfiliação do Podemos e declarou que considera ‘excessiva’ a tentativa de cassar seu mandato. Há 16 representações no Conselho de Ética da assembleia paulista. Segundo mais votado no último pleito, ele declarou que não disputará a reeleição.

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