segunda-feira, 30/setembro/2024
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Sinop: projeto de sustentabilidade liderado pela UFMT busca atender mais 4 mil famílias da agricultura familiar

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Só Notícias

O projeto de extensão Rede de Cooperação para a Sustentabilidade (GAIA), da Universidade Federal de Mato Grosso  Campus de Sinop, que busca estabelecer uma rede de produção, gestão e comercialização de alimentos agroecológicos implantou sistemas agroflorestais e agroecológicos para 8 famílias agricultoras, ano passado, com a proposta de conscientizar e incentivar o consumo de alimentos orgânicos dentro e fora do campus.  Para este ano, o projeto pretende incluir mais 4 famílias à rede, além de diversificar a oferta de produtos na feira agroecológica do município e levar esses produtos para o comércio local.

A professora e coordenadora do projeto, Rafaella Felipe, reforça que a iniciativa prevê autonomia para os agricultores, pois leva conhecimento e preparo para que as famílias produzam seus próprios adubos orgânicos, além de reduzir os custos de produção e multiplicar o conhecimento adquirido.” Esses insumos [industrializados] têm um alto custo hoje, em especial para a agricultura familiar, que pode inclusive inviabilizar a produção de alimentos. A gente trabalha com bioinsumos, biofertilizantes e ensinamos essas formações para os agricultores”, explica.

Na academia o projeto propõe cursos de planejamento em sistemas agroflorestais e oficinas de saúde do solo para os estudantes. “O objetivo geral do nosso projeto é estabelecer uma rede de produção e comercialização de alimentos agroecológicos em nossa região. A gente trabalha desde a formação dos agricultores até a sensibilização dos consumidores em uma logística de comercialização”, explicou a professora. Ela relata que o programa atua também no apoio a gestão das propriedades com resultados muito positivos na sensibilização dos consumidores. “Essa é uma das ideias principais, trabalhar na ponta com os consumidores. Avaliamos positivamente essa interação pelas redes sociais mesmo com a pandemia que atrapalhou muito”, destaca.

O campus também conta com uma unidade de aprendizagem em sistema agroflorestal onde são produzidos e doados alimentos para toda a comunidade. Participam do projeto oito docentes da UFMT, quatro pesquisadores, um analista da Embrapa, três professoras da Unemat, dois  professores da Escola Técnica Estadual de Sinop, oito bolsistas, um pesquisador associado UFMT e três voluntários. “Desde a chegada do projeto, da entrada dos sistemas agroflorestais na área, a gente já observou um aumento de 40% no consumo desses alimentos. Isso impacta diretamente na renda dos agricultores”, analisa Rafaella Felipe, através da assessoria.

“Não tinha até o momento nenhuma formação destes profissionais, como engenheiros agrônomos voltados para a agricultura orgânica ou mesmo para a agricultura familiar”, ressalta, acrescentando que os acadêmicos atuam como multiplicadores. Para Rafaella Felipe os profissionais do projeto tem o diferencial de atuarem no dia a dia com os problemas do campo e especialmente de auxiliar na resolução destes problemas. “A gente tem como objetivo levar autonomia para os professores, trabalhando na saúde do solo. Na agroecologia a gente não utiliza nenhum insumo industrializado”, disse a professora, sobre a recusa de adubos, sementes transgênicas e agrotóxicos.

A opção do projeto é pelos bioinsumos e biofertilizantes. “A gente leva essas formações para os agricultores. Eles tem autonomia para produzir seu próprio adubo orgânico, por exemplo. Reduzindo seu custo de produção ele pode multiplicar o conhecimento ao reunir a comunidade, os vizinhos, e repassar esse conhecimento”, pontua Rafaella Felipe acrescentando que o produtor pode utilizar resíduos da propriedade, antes descartados,  para criar o adubo. Toda a família dos agricultores é envolvida nas formações para tratar bem do solo, ponto chave para plantas saudáveis e ecossistema equilibrado.

Fundado em 2019 o GAIA é financiado pelo REDD Early Movers Mato Grosso (REM), benefício internacional concedido a iniciativas que visam a redução de emissões de CO2 por ações de conservação florestal, informa a assessoria da UFMT.

 

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