A Justiça decidiu a data para julgar o principal suspeito de assassinar Neuton Borges dos Santos, em 14 de março de 2004. O crime ocorreu na rua das Primaveras, no Jardim Jacarandás. Consta no processo que a vítima foi atingida por golpes “de instrumento contundente de concreto” e morreu na hora.
O julgamento chegou a ser marcado para julho do ano passado, no entanto, a Justiça acolheu um pedido da defesa e fez a redesignação para o dia 12 de agosto. Na nova data determinada, o advogado pediu a redesignação do júri, já que ele estava no grupo de risco da covid-19 e não havia sido completamente imunizado na ocasião.
Conforme a decisão da juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, o júri será no dia 3 de maio. O suspeito vai responder em julgamento por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil. Ele não está preso pelo crime.
Uma testemunha contou que o acusado estava brigando com o pai e Neuton teria tentado intervir. Segundo esta versão, a vítima apareceu no local segurando um bloco de concreto e, de imediato, “foi para cima do réu”. Em seguida, os dois entraram em luta corporal. A testemunha, no entanto, disse não ter visto o momento em que o acusado teria atingido Neuton, causando sua morte.
A versão foi confirmada pelo suspeito, que, mais de dez anos após o crime, apresentou-se espontaneamente e não chegou a ser preso. Ele contou que pediu para que seu pai parasse de ingerir bebida alcoólica e que, por este motivo, iniciaram uma discussão. Neste momento, segundo o réu, a vítima apareceu segurando uma pedra e disse “vem encarar um homem de verdade, seu vagabundo”.
O suspeito justificou que pegou uma pedra no local e, para se defender, atingiu Neuton, ainda de pé. De acordo com esta versão, ao perceber que a vítima havia caído, o acusado chamou resgate médico e, em seguida, fugiu do local.