Depois de quase seis meses de investigações, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga o transporte público em Sinop, chegou ao fim com os trabalhos. Na última semana, a comissão se reuniu para analisar e assinar o relatório. Embora o texto final esteja pronto, a conclusão só será apresentada e lida na sessão desta quarta-feira.
Sem dar detalhes, o relator, vereador Dilmair Callegaro (PSDB), disse que o relatório mostrará quais os problemas verificados durante os trabalhos. Dilmair apenas adiantou que o tempo de vigência do contrato com a empresa que presta o serviço, desde 2004, contribui para que os problemas aumentem.
“É um contrato muito antigo, são 18 anos que essa empresa está aí, e que foi assinado quando a cidade era muito menor. Não houve uma adequação para que hoje o serviço estivesse atendendo conforme a realidade atual. Só para ter uma ideia, o contrato determina 80 pontos de ônibus sendo que a demanda hoje é de mais de 200, e não há manutenção desses pontos. Hoje temos muitas formas de melhorar a qualidade do serviço de transporte público, há aplicativos que mostram horários, linhas, onde os veículos estão, enfim, uma série de medidas que visam facilitar a vida dos usuários”, destacou.
Segundo o presidente da CPI, vereador Moisés do Jardim do Ouro (PL), o relatório será entregue à prefeitura na próxima quinta-feira (3). Ele explicou que cabe ao Executivo definir as ações que serão adotadas para que os problemas apontados pela CPI sejam sanados.
“Agora cabe à prefeitura tomar as decisões sobre o que fazer, se rompe contrato, se faz uma nova licitação, ou atualiza o contrato, enfim. O que não pode é o transporte público de Sinop continuar do jeito que está. Vamos esperar e cobrar uma ação enérgica do Executivo para mudar essa situação”, completou.
“Durante esse tempo de CPI, fizemos várias ações, vimos de perto a situação do transporte público em Sinop e agora chegamos ao fim desse trabalho que é de suma importância para a população que depende desse serviço. Esperamos que a Prefeitura tome uma atitude, faça o que tiver que ser feito para que a população não seja mais prejudicada”, pontuou o vereador Celsinho (Republicanos), que é membro da comissão.
A CPI foi criada em agosto de 2021 após denúncias sobre as condições precárias dos veículos usados para o transporte de passageiros. Nesses quase seis meses de investigações, a comissão percorreu linhas, analisou rotas e horários, viu de perto a situação de veículos e pontos de ônibus, ouviu usuários, representante da empresa que presta o serviço, realizou diversas oitivas e conheceu o modal de transporte coletivo de outros estados como em São Paulo e na Bahia.
