Será julgado por homicídio qualificado e furto em Nova Mutum, no dia 8 de abril, um dos três acusados de matar a taxista Geronice de Souza Araújo, em março de 2005, em local desconhecido. O corpo da vítima foi localizado somente quatro meses depois, na serra do município de Alto Paraguai.
Segundo a denúncia, um dos suspeitos tinha um relacionamento com a vítima. A taxista, no entanto, ainda mantinha contato com um ex-companheiro, o que gerou ciúmes no acusado. Ele teria combinado a morte de Geronice com os outros dois suspeitos. Conforme a denúncia do Ministério Público, os três abordaram a vítima em um balneário em Nova Mutum, amarraram seus braços e a mataram, “sem que ela pudesse esboçar qualquer reação defensiva”.
Em seguida, segundo consta na denúncia disponível no processo, os denunciados transportaram o corpo da taxista até a serra de Alto Paraguai, onde abandonaram o cadáver. O acusado que irá a júri popular ainda é suspeito de furtar o celular da vítima e trocar por R$ 85, três cervejas e um almoço, na cidade de Diamantino.
Em abril do ano passado, a juíza Ana Helena Alves Porcel Ronkoski viu indícios de envolvimento do acusado e determinou que ele fosse submetido a julgamento. O homem foi preso em junho de 2007, quando se apresentou à polícia. No mês seguinte, o suspeito foi colocado em liberdade.
“Saliento que, ainda que se vislumbrem dúvidas quanto ao animus do(s) autor(es) do delito, é certo que estas devem ser dirimidas pelo Conselho de Sentença, juízo natural da causa. Havendo elementos mínimos de prova que escorem a versão contida na denúncia acerca da existência de animus necandi, o que, no caso em tela, se observa do depoimento prestado pelo próprio réu em sede extrajudicial, é de rigor a pronúncia para que a questão seja apreciada pelo Tribunal do Júri”, afirmou Ronkoski, na ocasião.
Um dos suspeitos de envolvimento na morte de Geronice não foi identificado até hoje. O ex-companheiro dela, por outro lado, foi preso em novembro de 2019, na cidade de Alto Paraguai. Como ele era considerado foragido, seu processo havia sido desmembrado da outra ação penal (envolvendo o suspeito que irá a júri popular).
Em fevereiro de 2020, a Justiça decidiu colocar o ex-companheiro de Geronice em liberdade. Ainda não há definição se ele irá a júri popular pelo crime. A taxista era divorciada e tinha duas filhas.