A Polícia Civil divulgou, esta manhã, balanço da megaoperação PC Impacto, que ocorreu, ontem, em Sinop, Colíder, Alta Floresta, Nova Monte Verde, Peixoto de Azevedo, Guarantã do Norte, Itaúba, Sorriso, Matupá, Terra Nova do Norte, Vera, Cláudia, Nova Santa Helena, Paranaíta, Planalto da Serra, Campo Verde, Primavera do Leste, Campo Novo dos Parecis, Cáceres, Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis contra organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas e outros crimes.
A operação desencadeada com base em investigações iniciadas no ano de 2019 pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes resultou em 24 pessoas, 79 mandados de busca e apreensão cumpridos, cinco armas de fogo apreendidas (entre elas um fuzil), 441 munições e mais de R$ 100 mil apreendidos.
O trabalho investigativo teve o objetivo de identificar quem eram os principais responsáveis pela centralização e distribuição de drogas em grande parte estado. Quatro principais líderes da facção, que já estavam presos, foram identificados por continuavam a emitir ordens para o grupo, utilizando pessoas interpostas como seus soldados nas ruas para que as ordens fossem executadas e desta form
a, os entorpecentes chegassem aos municípios explorados.
Ao longo da investigação, foram identificados integrantes do grupo em mais de 20 cidades de Mato Grosso, coletadas dezenas de elementos, como comprovantes de depósitos bancários, apreensões pontuais de drogas que materializavam tudo que estava sendo investigado, não deixando dúvidas sobre a atuação da organização criminosa com o tráfico de drogas e outros crimes conexos.
Segundo o delegado da DRE, Frederico Murta, foi identificado que alguns dos envolvidos, de diferentes municípios e que tinham contato direto com lideranças da facção, possuíam um padrão de vida diferente do que lhes era compatível. “Então o objetivo principal passou a ser a identificar a cadeia de transporte e distribuição de drogas junto as unidades do interior, para descobrir e identificar os locais de venda, ou seja, os pontos de arrecadação dessa organização criminosa”, explicou o delegado.
Em um trabalho conjunto da DRE e delegacias do interior do estado, esses pontos foram identificados, assim como outros elementos que foram suficientes para representação dos mandados judiciais, que foram expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá.
Para a delegada titular da DRE, Juliana Palhares, a operação PC Impacto consuma uma metodologia de trabalho muito desejada pela especializada, trazendo o entrelace entre as unidades do interior e a capital, por meio de troca informações e ataque efetivamente e de forma forte e eficiente ao tráfico.
“A investigação diferenciada atingiu de forma profunda atuação do tráfico de drogas no estado, sendo utilizadas ferramentas inerentes de Polícia Judiciária, para identificar, desvendar e dar cumprimento às ordens judiciais contra a organização criminosa. Foram identificadas as lideranças, a participação efetiva com vínculos de segundo e terceiro escalão, alcançando tanto a liderança da facção criminosa quanto seus soldados, aqueles que estão ali vendendo as drogas nas biqueiras e pontos de difusão de drogas”, afirmou Palhares.