A Uisa (antiga Usinas Itamarati) e a Geo Biogás & Tech definiram a construção de uma nova planta que usará resíduos da agroindústria da cana para produção de biogás em Nova Olímpia (200 km ao Médio Norte de Cuiabá) e são previstos investimentos de R$ 220 milhões nas duas fases de implantação. A projeção é produzir 60 milhões de metros cúbicos equivalentes de biogás quando estiver totalmente concluída.
Os sócios aportarão entre R$ 60 milhões e R$ 70 milhões do capital necessário para o investimento, e o restante virá de financiamentos. O cronograma prevê a construção por até 18 meses e início das operações em janeiro de 2024 e o Valor Econômico informa que a planta deverá ser expandida, na segunda etapa, podendo incorporar outras tecnologias, como a produção de metanol, amônia verde e hidrogênio verde, produzidos a partir do biogás. Na primeira fase, o biogás poderá ser utilizado para a geração de 32 mil megawatts por hora no ano (MWh/ano), capacidade que será dobrada na segunda fase.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso (Sindalcool/MT), Silvio Rangel, disse que o investimento é muito importante De acordo com Silvio Rangel, porque traz inovação, gera emprego e contribuiu com a descarbonização da agroindústria. “Serão aproveitados, da melhor forma, resíduos de várias indústrias do setor. É uma forma de agregar valor, além de ter cogeração de energia. O biogás poderá ser empregado por indústrias em seus processos produtivos e o biometano poderá ser usado em frotas veiculares, no campo e nas cidades”.
A expectativa UISA é que a planta acelere a descarbonização de Mato Grosso, evitando a liberação na atmosfera de metano de outras empresas.