O período proibitivo da madeira iniciou hoje e termina no dia 30 de março com proibição das atividades de exploração nos Planos de Manejos Florestais, como o corte e o arraste de toras nessas áreas, em todo território nacional, segundo dados divulgados, há pouco, pelo Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso. A pausa é conhecida como “piracema da madeira”, ocorre anualmente e tem como objetivo proteger o solo no período mais chuvoso do ano. A medida foi instituída pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente.
As entidades representantes do setor madeireiro como, o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso, o Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso e demais sindicatos empresariais, reforçam a importância desta obrigatoriedade para a conservação do meio ambiente.
Para o presidente do CIPEM, Rafael Mason, é muito importante o setor de base florestal respeitar esse período proibitivo para proteger as florestas. “Respeitar a restrição significa promover o manejo florestal sustentável evitando a degradação do solo, erosões e outros danos na floresta. Além disso, devido às chuvas é mais complicado trabalhar nesse período. O manejo florestal é uma fonte de recursos e a nossa orientação, enquanto representante do setor de Base Florestal, pelo Cipem, é que os associados e empresários respeitem esse período para continuar conservando a floresta e também que respeitem a legislação continuamente, reforçando o compromisso com as boas práticas ambientais e evitar sanções pelos órgãos competentes”, reforçou.
Segundo a resolução do Conama, neste período, o setor florestal deverá trabalhar apenas com madeira já em estoque. De acordo com o vice-presidente do Sindusmad, Felipe Antoniolli, os proprietários de manejos florestais estão preparados para atender a demanda, mesmo neste intervalo. “O Setor de base florestal tem consciência e respeita o período proibitivo, e com isso, se antecipa com estoque para produzir e gerar renda durante esta pausa. Os empresários, responsáveis pela extração, se organizam para trabalhar dentro da safra da madeira, que é de 10 meses e, para quem comercializa, sabe que tem que fazer o estoque para garantir matéria-prima neste intervalo. Esta pausa é para conservar o solo”, destacou.
Nos municípios de Castanheira, Colniza, Cotriguaçu, Juína, Juruena e Rondolândia, por exemplo, o período restritivo poderá ser ampliado de 16 de dezembro a 14 de maio, devido ao período chuvoso intenso desta região.
A secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretii ressaltou que o Manejo Florestal causa mínimo impacto na floresta. “O Manejo Florestal sustentável tem como objetivo a exploração florestal com mínimo impacto na Floresta. A piracema da madeira reduz o impacto que a continuidade da exploração, no período das chuvas, poderia causar. Então é um momento importante para garantir a conservação da floresta dentro do manejo”.