O município registrou 276 novos casos de hanseníase entre janeiro e dezembro do ano passado, conforme detalhou, ao Só Notícias, o Centro de Referência em Tuberculose e Hanseníase de Sinop. Também foi confirmado que 102 pacientes foram tratados e voltaram a se reinfectar com a doença. O levantamento apontou ainda que em 2020, foram 240 novas ocorrências e 67 casos de retorno do contágio. Até agora, já foram 15 registros.
Segundo o coordenador, Márcio Henrique de Souza, durante 2019, o setor da saúde em Sinop chegou a lidar com 771 acometidos pela doença. “Com a pandemia, moradores saíram menos de casa, principalmente a população que pode ser mais afetada como os mais velhos, gerando a queda”.
No entanto, com a Covid também dificultou ações da equipe com o Janeiro Roxo. “Um dos locais em que iriamos trabalhar teve ser transformado em uma unidade de atendimento à Covid, freando nosso trabalho. Existem regiões em vulnerabilidade social e que a doença é mais presente. O (bairro) Maria Vindilina 2 que era um dos nossos objetivos acabou sendo desmarcado para priorizar os cuidados ao vírus”.
A segunda etapa de atendimentos no mês, atenderá pacientes nos bairros Jardim das Nações, Jardim Botânico, Maria Vindilina e São Francisco,“considerando que o profissional precisa de tempo e concentração para avaliar cada doente. Não existe, até o momento, um teste de sangue específico para a doença, e leva entorno de 20 a 30 minutos para o diagnóstico”, enfatiza o coordenador.
Souza também destaca que a população sempre pode procurar “qualquer unidade de saúde e se informar sobre os principais sintomas da hanseníase. Um profissional que tenha dúvidas ou dificuldade com o assunto também pode nos referenciar. A enfermidade tem cura, devendo passar por um tratamento entorno de um ano e regido pelo Sistema Único de Saúde, com medicamentos garantidos e acompanhamento, para uma recuperação breve e sem sequelas”
