O União será um dos representantes mato-grossenses na primeira fase da Copa do Brasil e já tem confirmado uma premiação de pelo menos R$ 560 mil. O Colorado terá pela frente o Atlético (GO) em jogo único, com mando de campo, precisando vencer para passar de fase. De acordo com o presidente do clube, o dinheiro vem em boa hora, já que o clube possui pendências na justiça que devem ser quitadas.
“É de grande importância, principalmente para o União, que tem sua base nas finanças junto ao torcedor e com a pandemia perdeu muita receita. Salientamos que boa parte (premiação) fica bloqueada pela federação devido a ações trabalhistas, mas é importante que mesmo bloqueado é feito o pagamento da conta, independentemente se o União vai pegar em mãos ou ficar retido para pagar bloqueio da justiça do trabalho, pois uma hora essa conta tem que ser paga e se for paga agora é paciência e seguir em frente”, revelou Reydner Souza, em entrevista ao Só Notícias.
O dirigente revela que são aproximamente R$ 350 mil que devem ser pagos de ações trabalhistas do passado. “Tem alguns bloqueios judiciais junto a CBF. A premiação dá um gás para o clube, porque a gente acaba recebendo um pouco e também acaba resolvendo um problema que vem se arrastando por 10 a 15 anos que são essas ações trabalhistas. Seria muito bom se o clube pegasse tudo, mas se não conseguir vai estar pelo menos liquidando dívidas do passado”.
Apesar de ficar com apenas parte da premiação, Reydner disse que o “reforço” no caixa do clube irá ajudar nas despesas do começo da temporada. “Pagamento de despesas com o início do campeonato, porque é caríssimo montar uma equipe, passagem, transferência, montagem da casa dos atletas, alimentação. Início de campeonato é muito caro, pois acaba gastando em torno de R$ 100 mil só para colocar um time para começar a disputar o campeonato. A receita do patrocínio só entra no final do mês”, explicou.
O presidente também conta que com essa receita não está no planejamento gastos com infraestrutura. “Não sobra nada para gastar em infraestrutura, a gente consegue no máximo trocar o enxoval do time, que são os uniformes, mas infraestrutura é quase impossível de se fazer”.
No próximo sábado o Colorado faz sua estreia no Estadual, e apesar do favoritismo absoluto do Cuiabá para competição, Reydner afirma que o União busca surpreender. “Cuiabá, Operário, Luverdense e Nova Mutum são times extremamente fortes, mas sem dúvidas o Cuiabá é o time a ser batido, porque está na Série A do Brasileirão e tem uma super folha de pagamento, porque se brincar e pegar todas as folhas de outros clubes não dá a folha do Cuiabá, eles saem na frente como favorito, com grandes jogadores de nível nacional, mas nem por isso vamos nos intimidar, estamos determinados e focados com esse planejamento para buscar o bicampeonato”, finalizou.
A estreia do Colorado no Mato-grossense será no próximo domingo, diante do Dom Bosco, às 17h, no estádio Dito Souza, em Várzea Grande.