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Mauro diz que fazer campanha contra a vacina é um “crime” e que tema já foi “muito politizado”

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: Só Notícias/Guilherme Araujo/arquivo - atualizada 10:29h)

O governador Mauro Mendes (DEM) criticou, nesta terça-feira, os políticos que fazem campanha contra a vacina da Covid. Mauro lamentou que o tema tenha sido tão politizado no Brasil e concordou com o posicionamento do chefe do Ministério Público do Estado (MPE), procurador José Antônio Borges. Em dezembro do ano passado, ao comentar o projeto que proíbe a exigência do chamado “passaporte da vacina” em Mato Grosso, Borges afirmou que alguns “radicais políticos” faziam campanha contra a vacina de maneira perversa, maldosa e criminosa.

“Se o cidadão não quer vacinar, tudo bem. Não há nenhuma lei no país dizendo que é obrigado a vacinar. Agora, fazer campanha contra a vacina é criminoso. Ficar falando besteira, bobagem, contra a vacina é um crime contra muita gente. Porque qualquer líder que tenha oportunidade de falar através dos meios de comunicação pode gerar um nível de influência na cabeça das pessoas. Se é um governador, deputado, presidente, um político, alguém que exerce um cargo na administração do Estado. Então, eu realmente acho que o nosso procurador tem muita razão”, disse Mauro, para a CBN Cuiabá.

O projeto que proíbe a exigência do passaporte da vacinação foi aprovado, em primeira votação, nesta terça-feira, pela Assembleia Legislativa. O projeto é de autoria do deputado bolsonarista Gilberto Cattani (PSL) e veda ao Poder Público Público a instituição de qualquer exigência de apresentação de comprovação de qualquer tipo de vacinação para acesso aos estabelecimentos públicos e privados, no âmbito do Estado de Mato Grosso. O projeto originou muita polêmica durante sua tramitação na Casa de Leis e até discussões entre os parlamentares. Na primeira votação, o “passaporte da vacina” foi aprovado com voto contrário dos deputados Lúdio Cabral (PT), Allan Kardec (PDT), Valdir Barranco (PT) e Paulo Araújo (PP).

“Eu não posso fazer o julgamento do que está por trás disso. Eu procuro ter responsabilidade com aquilo que eu falo e só posso comentar o que tenho clareza que representa a verdade sobre o tema em questão. Então, eu não sei o porquê a Assembleia resolveu fazer isso. Acho que esse tema no Brasil já foi politizado demais da conta. Muita gente falando bobagem, muita ‘conversa fiada’. Isso é ruim porque atrapalha a população, influencia a cabeça das pessoas negativamente e leva a essas distorções que temos aí, em que um grupo, não pequeno de pessoas, não se vacinou, não quer se vacinar e, agora, está sofrendo as consequências. Provavelmente, muita gente que vai morrer porque não se vacinou e acho que a responsabilidade é de quem induziu a população contra a vacina”, afirmou o governador.

Nesta quarta-feira, conforme Só Notícias já informou, ocorreram mais quatro morreram e na terça-feira foram relatadas sete, no Estado. Há 108 mato-grossenses internados em Unidades de Terapia Intensiva (na terça havia 92) e a taxa de ocupação aumentou de 59,74% para 70,13%.

Até o início do ano, Mato Grosso já havia recebido 6,6 milhões de doses de vacina contra a covid.

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