A Fenabrave Regional Mato Grosso informou, esta tarde, que foram emplacadas 96,6 mil unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, implementos rodoviários e motos novos em 2021, “ano da maior crise de oferta na história da indústria automotiva”. As vendas de veículos novos em Mato Grosso cresceram 7,65% (a média nacional foi de 10,5%) segundo a federação que representa as concessionárias. Na comparação com 2020, foram 89.803 unidades.
Os segmentos de automóveis e comerciais leves cresceram juntos 8,77% com 44.849 unidades em 2021. Considerando apenas os carros de passeios, ocorreu queda de 0,11%. O segmento de comerciais leves (picapes e furgões) apresentou sozinho crescimento de 29,4%. No segmento motos o aumento é de 1,25% com 35.742 unidades vendidas. No segmento de caminhões houve a maior alta entre todos, 39%, com 4.368 vendidos.
O resultado é positivo, considerando as intempéries do setor automotivo. Para os empresários do setor, devido a demanda as vendas poderiam ser maiores, mas a indústria não conseguiu acompanhar. “O ano apresentou inversão na relação entrega e procura. Faltou produto no mercado por conta da escassez de componentes e ocorreu elevação dos preços também. Com a produção reduzida e a demanda em alta, as montadoras mostraram necessidade de aumentar o valor agregado para poder fechar a conta. O aumento nos preços ocorreu em todos os segmentos. A alta generalizada chegou a 30%”, analisa Paulo Boscolo, diretor-presidente da Fenabrave Regional Mato Grosso.
Para ESTE ANO,, além da falta de produtos e alta demanda com fila de espera por modelos, o grande fato a ser destacado é a entrada em vigor do Proconve L7, fase do programa brasileiro antipoluição que traz limites mais rigorosos de emissão para modelos produzidos a partir de março de 2022.
A previsão anterior, era a entrada em vigor em janeiro, mas as montadoras ganharam mais três meses para finalizar unidades que começaram a ser produzidas em 2021 e não foram concluídas a tempo devido a atrasos provocados principalmente pela escassez de semicondutores. “Temos nos primeiros meses do ano modelos 21/22 sendo comercializados e as vendas de modelos 22/22 e 22/23 sendo prorrogadas por conta disso. São mudanças relevantes se pensando no meio ambiente. Envolve, entre outras coisas, isolamento do circuito de combustíveis para evitar liberação de vapores enquanto o carro está desligado. Este é um exemplo”, conclui, através da assessoria.