Vai começar a grande festa da democracia, vem ai as eleições, e a cada mês o panorama político sofre mudanças em relação aos nomes e os candidatos são definidos pelo que representam:
1 – Candidato – “já ganhou” – é aquele que dispara nas pesquisas pelo lançamento da pré-candidatura com muita antecipação;
2 – Candidato – “balões de ensaios” – são os nomes de ocasião e que sempre estão disponíveis, mas nunca teve um único voto;
3 – Candidato – “a noiva da vez” – é aquele que autovaloriza e nem mesmo filiação ele se define, ocupa todos os espaços, são entrevistas e mais entrevistas, mas na última hora, diz que por questões pessoais não poderá disputar as eleições
4 – Candidato – “folclórico” – é aquele de nome estanho que apresenta programa de governo mirabolante e utópico, não tem nenhuma capacidade e postura para concorrer uma eleição, mas no fundo mesmo, está a procura de massificação do próprio nome ou dar musculatura ao partido.
Hoje uma eleição envolver grandes somas financeiras, necessidade de gerenciar um contingente de pessoas, materiais para vídeos e divulgação e Equipe de Marketing Político que na verdade define toda a linha de ação da campanha. Aquele tipo de campanha de porta em porta, de gastar sola de sapato, fazem apenas parte do passado romântico onde as pessoas tinham o partido com sua paixão política e jamais trocava, era como clube de futebol, aquele que é Vasco nunca torcerá pelo Flamengo, a política partidária simplesmente acabou e a política virou comércio e um grande negócio.
O jogo político na verdade funciona como uma guerra, a busca por cada voto. Cada candidato terá que desenvolver a sua estratégia política, requer a arrecadação de vultosas somas de recursos financeiros, o orçamento é estratosférico, após definir pelo quantitativo começa o verdadeiro planejamento de campanha, que é estudada e diante das pesquisas, novos dados são pesquisados e semanalmente promovem-se a reformulação das ações em busca de objetivos bem definido.
O plano de governo é secundário, o principal plano é o que orienta como vencer a eleição, e isso, envolve contrações de profissionais qualificados, e porque são raros no mercado, os valores para ter uma equipe envolvem somas e mais soma de recursos financeiros. E, entre esses profissionais famosos em ganhar eleições, é a Equipe de Marketing Político que dá vida ao candidato. Outros profissionais também compõem a equipe que se propõe em vencer a eleição, são: Economistas contratados para desenvolve o planejamento e orçamento, caracterizando o gerenciamento dos números a ser investidos e gastos;
Advogados que durante a campanha ficam atento a todas as questões jurídicas ( que promovem as orientações e as sustentações jurídicas do candidato), e finalmente o Contador que é o responsável pelas documentos financeiras e que farão partes das Prestações de Contas do candidato, que ao final da eleição deverá estar com toda as movimentações dos atos e fatos financeiros devidamente registrados e comprovados, é de real importância para que o candidato não venha a ter a sua candidatura impugnação pela rejeição da prestação de contas final.
1- A importância dos Cabos Eleitorais, na verdade eles fazem parte de uma tropa de guerreiros e que é fundamental para as ações na linha de frente do candidato: estará no sol e na chuva; com poucas horas para descanso; alimentando-se mal; seus deslocamentos devem ser planejados; são os colocadores de cartazes e distribuidores de “santinhos”; e no final ele tem que estar preparado para ter o poder de convencimento aos eleitores e no dia da eleição ainda tem a obrigação de votar no candidato que os contratou.
2- No caso da Equipe de Marketing Político, suas estratégias tendem a seduzir o maior número possível de eleitores em prol de um único objetivo: atingir a maior votação possível, mas para isso, o diretor de Marketing terá que desenvolver o seu poder de assimilação da realidade histórica, cultural e social do estado de Mato Grosso. Cabendo a equipe promove as adaptações da imagem do candidato a realidade esperada pelo povo, e que represente tudo aquilo que o cidadão eleitor espera daquele nome político, mesmo que não tenha um passado recomendado, a força do marketing produz a imagem de um possível administrador com competência e honestidade para melhor gerir o destino do povo e manusear bilhões de reais.
O maior erro de um candidato, é contratar um marqueteiro que não tem boa experiência, fatalmente o levará a perder dinheiro e tempo. E, trocá-lo no meio da campanha e aquele que viria a substituí-lo, necessária promover um novo recomeço, que significa andar em círculo, enquanto os adversários já estão na frente e fatalmente o levará a derrota.
Não existe perspectiva de vitória se não houver planejamento de estratégia e se a equipe não for verdadeiramente profissional, se todo o corpo de ação não tiver uma visão periférica para acompanhar as “vozes das ruas” e que são os verdadeiros sentimentos do eleitorado. São os aspectos que dão as ferramentas de ações ao comando de um marketing político eficiente e eficaz, porque senão tudo vai por água abaixo.
A história política deste estadão de Mato Grosso registra as verdades das urnas:
1 – que os recursos financeiros em abundância, não significa que o candidato já é vencedor por antecipação;
2 – que estar em primeiro lugar nas pesquisas , não significa que chegará ao final como vencedor;
3 – que historicamente muitos candidatos tido com vencedores por antecipação, foram derrotados por uma pequena mancha no seu passado;
É interessante destacar o lado podre das eleições, onde os golpes e manobras são aplicados para vencer uma eleição a qualquer custo:
A – compra de votos continua cada vez mais sofisticada, mesmo que de eleição para eleição, se promovem a melhoria nas leis, decretos, portarias e instruções normativas para desenvolver as investigações, oferecendo ferramentas legais para a justiça tentar anular a influência do poder econômico nas eleições, mas a esperteza não dorme com olhos da justiça;
B – Nas prestações de contas são apresentados apenas os custos formais, mais todos sabemos que os informais existem também, e é crime, mas nunca alguém viu um candidato preso e cumprindo pena por crime eleitoral;
Infelizmente a Legislação Eleitoral ainda é falha e nunca será completa porque a malandragem vai sempre à vagância da Lei, por isso, cabe ao povo corrigi-la, promover a lavagem das sujeiras eleitorais, usando o poder do seu voto ao decidir pela melhor escolha e por um candidato que se assemelhe a sua honradez e que seja digno da sua representatividade por longos 04 anos.
Econ. Wilson Carlos Soares Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.
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