A prefeitura anunciou hoje uma força-tarefa para intensificar as abordagens aos moradores de rua. O assunto foi pauta de reuniões nesta semana entre o prefeito Ari Lafin e representantes das forças de segurança visando intensificar as abordagens em pontos de maior circulação dos moradores de rua, como a rodoviária municipal e a Praça da Juventude. “Esse é um assunto delicado e precisamos saber como lidar. São seres humanos e devemos ter tato e empatia, porém precisamos amenizar essa situação que está tirando o sossego da população”, disse o prefeito.
Segundo divulgado pela assessoria, houve aumento no número de moradores de rua durante a pandemia, o que tem causado transtornos e insegurança à população, em razão das constantes abordagens de pedintes a quem passa por ruas, praças e avenidas da cidade, além de episódios de ameaça ou violência. No último domingo à noite, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foram acionados para atender a uma tentativa de homicídio que aconteceu no centro da cidade, em que um morador de rua esfaqueou um homem.
Ontem, os secretários de Assistência Social, Jucélia Ferro, de Segurança Pública, Trânsito e Defesa Civil, José Carlos Moura. e de Governo, Hilton Polesello. estiveram reunidos com o prefeito Ari Lafin para debater o assunto. Hoje, o tema foi novamente discutido, desta vez com o Major Inácio, da Polícia Militar, e o delegado de Polícia Civil, Márcio Henrique Almeida Portela.
Além de solicitar que sejam intensificadas as abordagens, Ari autorizou a destinação de mais recursos para reforçar o policiamento nas ruas de Sorriso, por meio da jornada delegada de policiais. “Sabemos que o que leva, muitas vezes, as pessoas à situação de moradores de rua são problemas de saúde mental, dependência química e o alcoolismo. Mas muitos se aproveitam dessa situação para cometer crimes e perturbar quem anda pela cidade. Faremos abordagens conjuntas na busca de ajudar essas pessoas, através dos programas que a prefeitura oferece e, consequentemente, deixar a população mais tranquila”.
Conforme a prefeitura, a secretaria de Assistência Social realiza o trabalho de acolhimento e direcionamento da população que reside nas ruas. A abordagem social é feita todos os dias pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). O trabalho reforça a campanha “Não dê esmola, dê cidadania”, lançada pela pasta em 2018.
Durante as abordagens, os moradores de rua são sensibilizados a aderirem ao serviço de acolhimento provisório ou então receberem auxílio no retorno ao mercado de trabalho ou à sua família ou cidade de origem. Durante as abordagens, os profissionais não podem tentar obrigar a pessoa em situação de rua a aderir ao serviço ofertado. Porém, a equipe realiza um acolhimento humanizado na tentativa de tirá-las das ruas.
A secretária Jucélia reforça que os munícipes têm um papel importante nesse processo, não dando esmolas às pessoas em situação de rua. “É claro que, quando vemos uma pessoa nessa situação sentimos compaixão e acabamos ajudando. Porém, dando esmolas e não encaminhando a um serviço especializado, impedimos que essas pessoas saiam da situação de rua e passem a ter uma vida digna”, explica. “Estaremos intensificando as ações no sentido de garantir a segurança e bem-estar de todos, porém, precisamos do apoio da população, não dando esmolas e denunciando os casos de perturbações para que as forças de segurança possam tomar as providências cabíveis”.
