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Justiça manda a júri popular por homicídio qualificado acusado de matar homem por engano em bar em Sinop

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: Só Notícias/arquivo)

A justiça decidiu mandar a júri popular o principal suspeito de matar, com um tiro, Roger da Silva Ferreira, 32 anos. O crime aconteceu em maio do ano passado, em um bar no bairro Boa Esperança. O acusado, que tem 25 anos, foi localizado, em novembro de 2020, pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil, em um estabelecimento comercial no Jardim Imperial.

Pela decisão, o réu será submetido a júri por homicídio com três qualificadoras, conforme a denúncia do Ministério Público do Estado (MPE). “No que tange às circunstâncias qualificadoras descritas na denúncia, não obstante os judiciosos argumentos defensivos, não podem ser afastadas neste momento processual. Com efeito, entendo que há indícios de que o acusado teria praticado o crime por motivo fútil, em razão de discussão anterior envolvendo a convivente do acusado. Ademais, restou apurado que o crime foi praticado, em tese, de modo a resultar perigo comum, porquanto o acusado efetuou diversos disparos de arma fogo no interior do estabelecimento comercial, que estava em funcionamento no momento e com número indeterminado de pessoas”, consta na decisão judicial.

A terceira qualificadora é relacionada ao recurso que dificultou a defesa da vítima. Na decisão, a Justiça apontou que Roger “estava no estabelecimento comercial, comemorando seu aniversário, e não tinha desentendimentos que justificasse eventual homicídio, tampouco tinha conhecimento das discussões anteriores ocorridas no bar, de modo que o réu chegou no local efetuando disparos de arma de fogo de forma repentina e de surpresa, reduzindo, assim, a sua possibilidade de defesa”.

O réu também aguardará o julgamento na cadeia, conforme a decisão judicial. “Deste modo, é certo o perigo gerado pelo estado de liberdade do pronunciado, diante do risco de, em liberdade, encontrar os mesmos estímulos que o levaram a prática do crime e, via de consequência, dar maior segurança e tranquilidade ao meio social, além de que, as medidas cautelares diversas da prisão revelam-se insuficientes e inadequadas ao presente caso, dada a gravidade dos fatos praticados e a periculosidade de seu suposto autor”.

Conforme Só Notícias já informou, a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil apurou que Roger foi morto por engano. Segundo as investigações, o acusado acabou se envolvendo em uma confusão em um bar. Em seguida, saiu para buscar a arma em casa, momento em que a vítima chegou ao local. Instantes depois, o suspeito retornou e efetuou vários disparos em direção aos clientes do estabelecimento. Roger foi atingido na nuca e chegou a ser socorrido, porém, não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital regional.

Durante as investigações, diversas testemunhas apontaram o jovem como autor do crime. Os policiais civis também conseguiram imagens de câmeras de segurança que mostraram o suspeito saindo do local após os disparos, em uma motocicleta Yamaha YBR prata.

Meses depois, os investigadores receberam informações do paradeiro dele, que participava de uma videoconferência em um escritório de advocacia, e montaram uma campana (monitoramento). Quando o suspeito saiu do local, acabou recebendo voz de prisão.

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