O governador Mauro Mendes (DEM) anunciou que o governo do Estado quitou todo o empréstimo feito com a Caixa Econômica Federal para as obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que estão sem conclusão. Segundo o governo, foram pagos mais R$ 500 milhões.
“Ponto final, minha gente. Nós até pagamos a Caixa Econômica, não devemos mais nada a eles. O edital de licitação já foi publicado, qualquer coisa que diga nisso aí é factoide, besteira”, disse Mauro Mendes nesta segunda-feira durante a inauguração da ETA Cristo Rei em Várzea Grande.
Mendes também aproveitou para cutucar novamente o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), que vem ingressando com vários pedidos na justiça para interromper a troca de modal para o BRT. “Todo mundo que prometeu uma guerra jurídica, levou uma saraivada jurídica e o governo está muito consciente no seu papel daquilo que está fazendo e falar contra isso é desrespeitar até o próprio interesse público”, afirmou.
No dia 13 de dezembro, o governador lançou o edital para a contratação de uma empresa para elaborar os projetos básicos e executivos de engenharia e desapropriação. O governo afirma que o valor da obra ficará em R$ 480 milhões. Porém, esta soma será estimada com mais segurança depois que os projetos ficarem prontos.
Em setembro deste ano, por exemplo, o próprio governo afirmou que as obras do BRT ficariam em R$ 630 milhões. Na ocasião, Mendes chegou a culpar a inflação pelo aumento de R$ 200 milhões desde o dia em que anunciou a desistência do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em dezembro de 2020 pelo valor de R$ 430 milhões.
A obra prevê construções de 46 estações, de um terminal na região do Coxipó e outro no CPA, e a reconstrução do Terminal André Maggi, em Várzea Grande. Será construído ainda um viaduto para passagem do BRT na rotatória das avenidas Fernando Correa da Costa e Beira Rio, de uma nova ponte sobre o rio Coxipó, a criação de um parque linear na avenida do CPA, a requalificação do Largo do Rosário e demais adequações no trânsito.