Vereadores cobraram, ontem à tarde, na última sessão ordinária da câmara, este ano, que o prefeito Roberto Dorner busque uma solução para a demanda judicial e que o município possa reaver a área da reserva R-6, ao lado do cemitério, para que possa ampliá-lo e resolver um problema que se arrasta nos últimos anos.
Em 2012, a prefeitura fez o desmembramento e venda, por R$ 9,87 milhões. O ex-vereador Valdir Sartorello acionou o Ministério Público Estadual que considerou a venda, para um empresário, muito valor do metro quadrado da época e havia sido estimado prejuízo de cerca de R$ 50 milhões. Houve decisões judiciais que mantém a área indisponível. Nem os compradores podem dar a destinação inicial pretendida e nem o município pode reaver o imóvel para expandir o cemitério.
O vereador Dilmair Callegaro (PSDB) disse que a prefeitura tem que agir logo devido a falta de espaço físico para novos sepultamentos. “Prefeito Roberto Dorner, o senhor precisa sentar com o Ministério Público, chama-los para conversar. Já estão enterrando gente em locais que dificultam até mesmo andar lá dentro do cemitério. Está ficando uma vergonha para nossa cidade. Esse imbróglio jurídico que está acontecendo, trava o crescimento da cidade”, cobrou, na tribuna.
O vereador Ademir Debortoli (Republicanos) acrescentou que “passou da hora de resolver essa situação do cemitério municipal. Vamos iniciar o ano cobrando essa situação da justiça, do jurídico do município para que se resolva essa situação”.
O vereador Paulinho Abreu (PL) também sugeriu que o poder público abra concessão para construção de cemitérios particulares. O vereador Moises declarou que, pela falta de espaço “estão desenterrando um morto para enterrar outro. Estão tirando a ossada de um ente querido que é parente de alguém, para enterrar outro, porque não tem mais lugar”.