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Juiz manda soltar empresária que forjou o próprio sequestro para receber dinheiro de seguro em MT

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: assessoria)

O juiz Luís Augusto Veras Gadelha decidiu soltar a empresária de 28 anos, autuada em flagrante pela Polícia Civil por estelionato e falsa comunicação de crime, após forjar o próprio sequestro na cidade de Várzea Grande. Ela foi presa, ontem à tarde, pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).

Para o magistrado, “não há notícia de que ela (acusada) irá tumultuar a instrução criminal ou se furtar à aplicação da lei penal. Ademais, a pena prevista para os delitos que lhe são imputados, tendo-se em conta sua primariedade, provavelmente será para cumprimento em regime menos gravoso do que fechado”.

Gadelha determinou a soltura mediante o cumprimento de medidas cautelares. Desta forma, a suspeita terá que ficar em casa no período noturno, não poderá frequentar “casas de reputação duvidosa, portar armas e fazer uso de entorpecentes”, sair da comarca ou mudar de endereço sem aviso prévio, não poderá manter contato com testemunhas e deverá comparecer a todos os atos do processo.

Segundo a Polícia Civil, na madrugada de quinta-feira, o marido da empresária procurou o plantão da 1ª Delegacia de Várzea Grande e registrou um boletim de ocorrência informando que estavam em uma festa, no bairro Nova Várzea Grande, quando sua companheira foi em uma distribuidora de bebidas conduzindo sua caminhonete Toyota Hilux e não retornou. Logo depois, ele recebeu imagens em vídeo que supostamente mostravam a mulher encapuzada, sendo mantida em cárcere privado.

Diante da possibilidade de um suposto sequestro, a GCCO passou a apurar a ocorrência e iniciou investigações para esclarecer o crime. No final da manhã, a investigação apontou que a caminhonete estava na região do Coxipó e equipes da unidade foram ao local indicado, onde encontraram o veículo, sem a placa traseira, sendo conduzido pela, até então, vítima. Ela foi interceptada quando dirigia na avenida Arquimedes Pereira Lima (Estrada do Moinho).

Em entrevista preliminar com os investigadores, a empresária entrou em contradição várias vezes. Conduzida à GCCO para prestar depoimento, no entanto, acabou confessando, durante o interrogatório, que forjou o sequestro e o roubo do veículo. “Ela contou ainda que o objetivo era comercializar a caminhonete no mercado clandestino e depois receber o valor do veículo da seguradora”, explicou o delegado Vitor Hugo Bruzulato Teixeira.

O veículo foi apreendido e a mulher autuada em flagrante por falsa comunicação de crime e estelionato. Após o interrogatório, ela foi levada para a sede da Polinter e depois será encaminhada para audiência de custódia no Fórum da Capital. O marido da suspeita prestou declarações e, de acordo com a apuração da GCCO, foi descartada a participação dele nos crimes. Conforme o delegado Vitor Hugo, a investigação continua para prender outros possíveis envolvidos.

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