A ação conjunta entre a secretaria de Estado de Meio Ambiente, Núcleo Integrado de Fiscalização, Polícia Militar e Defesa Civil foi, ontem, na região do Salto do Magessi, e resultou na apreensão de redes, espinhéis, anzol de galho, bem como barracos foram desmontados. Não foram registradas prisões.
Atualmente, Mato Grosso vive período de Piracema, que segue até fevereiro, e os materiais eram utilizados para pesca predatória. Esse fator, segundo o diretor regional da Sema, Gabriel Conter, aumenta a importância da intensificação das fiscalizações, que já são feitas durante todo o ano.
“A reprodução dos peixes, a perpetuação da espécie depende neste momento, e a fiscalização é intensificada”, destacou, reforçando que o apoio dos municípios e demais órgãos facilita os trabalhos, “uma vez que eles conhecem os locais com mais registro de pescas, facilitam o deslocamento, os dias e horários melhores para encontrar pescadores que insistem em burlar a lei”, disse.
Segundo Conter, o local foi escolhido em decorrência das denúncias recebidas e também por ser importante cartão postal da região. “Principalmente sobre pesca com utilização de redes, uso de anzol galho, espinhel e por ser uma região dentro de uma área de preservação permanente,”, acrescentou.
Já o coordenador do NIF, Reinaldo Nunes, apontou que a pesca predatória causa “prejuízo tremendo” para a natureza. “Já faz um bom tempo que estamos recebendo denúncias de pesca predatória no Salto Magessi, as pessoas costumam armar redes. Nesse período de Piracema, quando os peixes procuram os pontos de desova, eles estão muito mais suscetíveis a cair nessas armadilhas”.
Nunes também ponderou que na região havia estrutura para realização de caça a outros animais. “Encontramos poleiros, celas de caça, e uma estrutura de barracos, alguns bem construídos. Lembrando que ali é uma área de proteção ambiental, de preservação, é um Parque Estadual, onde não podemos admitir nenhum tipo de atividade assim, precisamos preservar esse ambiente”.
Também foi retirado um caminhão com lixo da região. “É uma área de todos nós, precisamos preservar, é para ser admirada, e jamais permitir a destruição da natureza nos moldes que encontramos lá”, completou.