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Governador cita aumento de casos na Europa e diz que uso de máscaras em MT continuará obrigatório

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: arquivo/assessoria)

Até a ciência apontar um caminho seguro para mudança nos protocolos de combate à Covid, Mato Grosso não deve abandonar a obrigatoriedade do uso de máscaras. A informação foi confirmada pelo governador Mauro Mendes (DEM), que citou o exemplo de países europeus, onde o número de casos e óbitos pela doença está aumentando, obrigando os governos locais a retomar as medidas restritivas.

“Claro que a máscara incomoda, mas olha o que está acontecendo na Europa. Os casos estão aumentando novamente. Não dá para brincar com esse vírus. A vacina trouxe um grande alívio, comprovadamente, uma grande redução da doença e da potencialidade desse vírus, só não vê quem não quer. Porém, é um vírus que muta muito rápido e tem grande capacidade de contágio. Então, temos que ter um pouco de cuidado. E já está comprovado que a máscara cumpre um papel importante. Então, será que é o momento de liberar? Não sou eu quem vai dizer isso. A gente precisa ter dados mais científicos”, disse Mauro

O governador também avaliou que há uma “corrida” para liberação das medidas restritivas, uma vez que alguns estados já publicaram normas flexibilizando ou prevendo a dispensa do uso da máscara. “Esse é um assunto que deve ser tratado com muita responsabilidade. No Brasil, em alguns momentos, parecia existir uma competição, de qual governador ou prefeito era mais rápido em adotar as medidas mais restritivas. Eu não gostei muito daquilo. Tanto que no início eu até critiquei o prefeito de Cuiabá porque, quando tivemos o primeiro caso confirmado, ele mandou fechar tudo. Se com um caso fecha tudo, imagina quando tiver 500, 1 mil. E chegou a isso e muito mais. Então, houve uma precipitação não só dele, mas de muita gente. E agora, talvez esteja tendo uma precipitação também para sair”, disse à TV Mais News.

O governador ainda avaliou que, apesar da liberação de algumas atividades e aumento das aglomerações em Mato Grosso, o uso da máscara continua sendo importante para evitar o contágio da doença. “Claro que na mesa do bar, comendo ou bebendo, você não vai usar a máscara. Agora, no trabalho, no ônibus, em locais públicos, é uma atitude que pode evitar o contágio. Está comprovado pela ciência que quanto mais o vírus é transmitido, maior a probabilidade de mutação. O que pode acontecer é surgir uma nova variante resistente a essa vacina. O que é mais transtorno? Um pouquinho mais de cautela ou ter que conviver com uma nova onda, igual em outros países? Eu prefiro um pouco mais desse transtorno (de usar a máscara) até que a ciência indique um caminho de saída”, concluiu Mauro.

Na semana passada, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) reforçou o alerta sobre a situação de retorno da pandemia na Europa e lembrou que alguns países europeus com crescimento no número de casos têm índices de vacinação superiores aos do Brasil. O boletim destacou que a doença ainda representa um grande desafio e reforça a preocupação com o retorno, nos últimos dias, de medidas restritivas em diversos locais da Europa.

O aumento do número de casos e de mortes em alguns países europeus ocorre principalmente naqueles em que a cobertura vacinal não vem progredindo. A atual situação desses países, que vem sendo chamada de “pandemia dos não vacinados”, tem servido de alerta para a questão do avanço da vacinação nessas nações em que parcelas da população não vacinada vêm apresentando alto número de casos de covid-19.

“O Brasil tem hoje cerca de 60% da população com esquema vacinal completo, com uma estimativa de 1.15 óbitos por milhão de habitantes, segundo dados disponíveis Our World In Data. Entretanto, países como Áustria, Lituânia e Alemanha, com percentuais maiores da população vacinada (63,7%, 65,2% e 67% respectivamente), vêm não só enfrentando um grande crescimento de internações, principalmente entre os não vacinados, mas também no indicador de óbitos por milhão de habitantes, que se encontra em 2.23 para Alemanha, 4.00 para Áustria e 10.62 para Lituânia”, destacou a Fiocruz.

Os pesquisadores chamaram a atenção para o abandono das ações preventivas no Brasil, especialmente a liberação do uso das máscaras e o relaxamento das medidas de distanciamento físico. Segundo os cientistas, além de ser consequência da baixa adesão populacional, esse cenário é principalmente um reflexo do desincentivo dos governos nos diferentes níveis para sua adoção. “Definitivamente, a vacinação, descolada de outras recomendações não farmacológicas, não será suficiente para determinar o fim da pandemia”, afirmaram os pesquisadores do Observatório Covid-19 Fiocruz.

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