Mais de 110 empresas no setor de transportes de produtos, sediadas em Sinop, Sorriso e região e leva principalmente soja, milho, adubo, começaram, hoje, manifesto para reajustar o preço do frete. Elas decidiram suspender, por tempo indeterminado, o carregamento de diversos produtos para levá-los para outras cidades e Estados. Não haverá bloqueio de rodovias.
Os empresários buscam chamar a atenção das traddings do agronegócio para o aumento considerável nos custos, nos últimos meses, principalmente no diesel e pneus, e buscam reajustar o preço dos fretes.
“Hoje a tarifa de Sinop ao Porto do Miritituba (Pará está em R$ 160 a tonelada. A reivindicação é de pelo menos R$ 205,00 a R$ 215,00 tendo com base a cidade de Sinop. Conforme se desloca para as demais regiões, o frete aumenta”, explicou, ao Só Notícias, o empresário Rafael Rovaris. “Não tem como mais trabalhar no preço atual. Respeitamos o livre comércio A gente chegou a conclusão que estamos tendo muito prejuízos”. “A oferta de R$ 160 a tonelada era quando o diesel estava na bomba por volta de R$ 3,70 o litro. Hoje a oferta é os mesmo R$ 160 com diesel na bomba a R$ 5,90 em alguns postos, por exemplo”, comparou.
“Um pneu de boa qualidade, em 2020, quando o frete estava R$ 160 pagávamos R$ 2,2 mil no pneu. Hoje o mesmo pneu está R$ 3,2 mil”, acrescenta o empresário. “Um caminhão com a carreta, em fevereiro de 2020 pagávamos R$ 750 mil hoje o mesmo caminhão com carreta sai por R$ 1,1 milhão até R$ 1,3 milhão”, expôs.
O manifesto não é encabeçado por entidade e está tendo adesão espontânea de empresas de grande, médio e pequeno portes. Autônomos, que enfrentam as mesmas dificuldades, também estão aderindo.