A juíza Daiane Marilyn Vaz decidiu manter na cadeia dois acusados de envolvimento no assassinato de Cristina Alves da Silva, 21 anos. A jovem foi espancada até a morte em abril deste ano, no bairro Nosso Lar, no município de Brasnorte (400 quilômetros de Sinop). Os suspeitos foram presos ainda naquele mês.
Ambos negam participação no homicídio e um acusa o outro de ter matado Cristiana, conforme citado pela juíza, na decisão que manteve a prisão preventiva da dupla. “Extrai-se das palavras dos acusados esforços para ‘jogar a culpa’ um ao outro, numa tentativa de eximir-se da responsabilidade penal”, comentou a magistrada.
Ela ressaltou que “a gravidade concreta do delito praticado evidencia-se pelo modus operandi do crime, sendo que a vítima foi morta, conforme relatado pelos investigadores, com emprego de força bruta, sendo que a causa mortis é apontada como traumatismo ‘crânio-encefálico’, causada por instrumento contundente”, afirmou a juíza.
Ela também citou a tentativa de fuga de um dos acusados, que foi preso por policiais civis dentro um ônibus, no município de Tangará da Serra, a mais de 300 quilômetros de Brasnorte. Ainda ressaltou que, “no presente caso, o perigo gerado pelo estado de liberdade consubstancia na extrema violência empregada no cometimento do crime, fundamentando a necessidade da prisão preventiva, como forma de garantia da ordem pública, mormente porque trata-se de crime de forte repercussão, que reflete na ordem pública e na paz social da pacata cidade de Brasnorte”.
O segundo suspeito foi localizado em Juína, ainda em abril, após comparecer à delegacia para saber se havia um mandado de prisão contra ele. Testemunhas contaram que viram os dois acusados e mais um homem ainda não identificado na casa de Cristiana, na noite do crime. No local, foi encontrada uma espingarda e o corpo da jovem.