O Ministério Público do Estado informou, hoje, que a justiça condenou Thiago Francis Alves da Costa, a oito anos e quatro meses de reclusão em regime inicialmente fechado e pagamento de indenização no valor total de R$ 7,5 mil para oito vítimas que tiveram prejuízos pelos golpes que aplicou. Ele foi condenado por estelionato, no “golpe do aluguel”.
A promotoria identificou onze vítimas do golpe, entre abril e maio deste ano, sendo que oito chegaram a efetivamente a enviar dinheiro para ele, após o réu criar perfis falsos em redes sociais e publicar anúncios fictícios de aluguel “com o nítido propósito de aplicar golpes no município”. Ao fazer contato com as pessoas que pretendiam alugar imóveis, ele solicitava adiantamento de valores para garantir a locação de residências que não estavam disponíveis e, após negociar a locação e receber os valores, o réu não mais estabelecia contato com elas, obtendo para si a vantagem ilícita, aponta o MP.
Para aplicar os golpes, Thiago criava perfis falsos em redes sociais e publicava fotos de imóveis em Mutum, mas que não estavam disponíveis para locação, induzindo as vítimas a erro e se utilizava de diferentes números de telefones para estabelecer contato com as vítimas.
Foram relatados dez fatos na denúncia. Em um caso, o réu contratou chaveiro para abrir a porta de uma residência que estava sem moradores na cidade, alegando que era pintor e que teria perdido as chaves. Depois utilizou o número do PIX repassado pelo profissional para pagamento pelo serviço efetuado para que outra pessoa, vítima do falso aluguel, efetuasse a transferência de R$ 1 mil. Após o pagamento, ele ligou para o chaveiro alegando que havia cometido um erro e que era para ele descontar os R$ 50 cobrados pelo serviço e devolver o restante em sua conta.
Consta na sentença que algumas pessoas chegaram até mesmo a levar suas mudanças à residência supostamente alugada e somente ao chegarem perceberam que tinham sido vítimas de golpe. Outras narraram que após entrar em contato com o anunciante, que exigia o pagamento de todo ou ao menos parte do valor do aluguel para reservar o imóvel, após o depósito, ele simplesmente deixava de responder as mensagens, ocasião em que as vítimas percebiam que tinham sido enganadas.
A polícia prendeu Thiago em 25 de maio e a denúncia do Ministério Público foi recebida em 15 de junho.
A defesa de Thiago pode recorrer da decisão.