Mato Grosso registrou 36 casos de feminicídio de janeiro a setembro deste ano. Apesar de ainda ser um número elevado, houve uma redução de 20% no comparativo com o mesmo período do ano passado. Os dados são da Superintendência do Observatório de Segurança Pública, da secretaria de Estado de Segurança Pública.
Já com relação aos homicídios dolosos de vítimas femininas, houve um aumento de 31% no comparativo com o mesmo período do ano passado. Neste ano, 34 mulheres foram vítimas de homicídios dolosos, enquanto 26 casos foram registrados no ano passado. Ao todo, 70 mulheres foram mortas em Mato Grosso de janeiro a setembro.
As tentativas de homicídio contra mulheres chegaram a 180 casos neste ano, comparados a 176 casos do ano passado, um pequeno aumento de 2%.
Entre as ocorrências envolvendo vítimas femininas, que registraram redução dos índices, também consta o estupro, com diminuição de 4% nos casos e lesão corporal, com redução de 3%. Este ano, 328 casos de estupro foram registrados, ante 341 no ano passado, além de 6.844 casos de lesão corporal, ante 7.056 no ano passado.
Os casos de importunação sexual aumentaram 36%, com 201 ocorrências registradas este ano comparadas a 148 no ano passado. Assim como o assédio sexual, que teve 148 ocorrências registradas este ano, ante 131 no ano passado, aumento de 13%.
Mato Grosso possui atualmente oito delegacias especializadas para atendimento às mulheres, localizadas em Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, Barra do Garças, Sinop, Rondonópolis, Primavera do Leste e Tangará da Serra. Além disso, Cuiabá conta com um Plantão da Mulher 24 horas, que funciona avenida Dante Martins de Oliveira, no bairro Planalto.
A Polícia Civil também disponibiliza o aplicativo para celular SOS Mulher, onde a vítima acessa o botão de pânico e outras funções disponíveis, como telefones de emergência, denúncias, delegacia virtual. No stie, a vítima pode solicitar a medida protetiva de urgência online, sem a necessidade da mulher se deslocar até uma delegacia.
A secretaria disponibiliza o site E-Denúncias, que pode ser realizado para qualquer tipo de denúncia, inclusive de violência doméstica e sexual. O diferencial é que a denúncia pode ser feita anonimamente, com espaço para anexos como fotos, vídeos, áudios.
As mulheres também podem denunciar qualquer tipo de violência por meio do disque-denúncia da Polícia Civil ou em uma situação de emergência acionar o 190 da Polícia Militar.