O vice-prefeito Dalton Martini (Patriota) disse, esta manhã, que foi ‘expurgado’ (expulso) da secretaria municipal de Obras e Serviços Urbanos, na última semana. Em suas palavras, o ‘rompimento’ político é por parte do prefeito Roberto Dorner (Republicanos).
Mas, o vice-prefeito não considera a situação sem volta e não descartou realinhar a gestão com Dorner. “Não quero dizer que eu não volto mais na prefeitura. Se as coisas mudarem, voltar atrás, e achar que eu sirvo para ajudar, eu estou à disposição do município”, declarou, à Meridional FM.
De acordo com Dalton, o desligamento da pasta se deu por telefone, e partiu de Dorner. Em sua versão, na quarta-feira passada, disse ter recebido ligação do ex-secretário adjunto de Obras, Valdir Aparecido Favareto, que dizia que havia sido “mandado embora”, juntamente com o ex-secretário de Saúde, Valério Gobbato, e o ex-secretário adjunto de Planejamento, Finanças e Orçamento, Astério Gomes.
Dalton apontou não ter contatado Dorner. No dia seguinte, quando chegou na secretaria, o novo secretário, Remídio Kuntz, e o adjunto, Lúcio Silva, também chegaram. Horas depois, Dalton fez o contato com o prefeito, por telefone. “Pedindo o que ele queria com a secretaria, que tinha mandado o pessoal embora. Me respondeu que se não estivesse bom, mandava eu também. Eu respondi que ele quem sabia”, apontou, acrescentando que considera que neste momento rompeu-se o acordo de campanha. “Na minha concepção aí acabou, não faço mais parte dessa equipe, não por mim, mas expurgado pela administração”, ponderou.
Em nota, semana passada, a prefeitura informou que foi Dalton quem pediu demissão, por telefone.
O vice-prefeito ainda revelou que Dorner chegou a deixar nítido que estava mudando pessoas ligadas a ele (Dalton) porque “estava atrapalhando a gestão”. “Eu fui para a campanha com seu Roberto, acreditando naquilo que tinha falado no começo da eleição, que seria uma gestão compartilhada, não fui eu que falei isso na campanha, era ele que falava, que seria uma gestão com dois prefeitos”, ressaltou.
O vice-prefeito também afirmou que ruptura iniciou-se há alguns meses, ele “não era ouvido”, e fez criticas a determinadas decisões que causaram desgastes políticos como o cancelamento de licitação para compra de lâmpadas, o pedido que fez para contratação de pessoal através de teste seletivo e “disseram que não podia, mas vários municípios estão fazendo, porém foi negado pelo jurídico, disseram que tinha que ser através de empresa terceirizada”.
A gestão começou, em janeiro, com Dalton Martini fortalecido politicamente. Ele indicou o então secretário de Finanças, Joselito Bakes, e ocupou a secretaria de Obras – duas das principais pastas do 1º escalão- e também fez indicações para outras áreas, uma delas para a Saúde, com Valerio Gobatto, que deixou a pasta semana passada, juntamente com o adjunto de Obras, Valdir Favareto e o de Finanças, Asterio Gomes, ligados politicamente ao vice.