O governo informou, há pouco, que aprovou a proposta e os documentos apresentados pela Rumo Logística e declarou a empresa habilitada a assinar o contrato de adesão ficando autorizada a construir 730 km de trilhos e cerca de 60 pontes de Rondonópolis a Cuiabá, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, e explorar a primeira ferrovia estadual de Mato Grosso.
A proposta foi a única apresentada na chamada pública e a homologação do resultado está publicada na edição extra do Diário Oficial do Estado que circulou ontem (10). O presidente da Comissão da Chamada Pública, Joelson Matoso, explica que foram analisados a proposta da empresa e os documentos de habilitação. “Analisamos a viabilidade locacional do trecho da ferrovia, a compatibilidade do projeto com as diretrizes e políticas de infraestrutura estaduais e os documentos para habilitação jurídica, técnica, fiscal, trabalhista, econômica e financeira. Um trabalho extenso que culminou na habilitação da empresa para assinar o contrato de exploração”, explicou.
A RUMO propôs investir R$ 12 bilhões e prevê que, em dois anos, a empresa possa começar a implantar a ferrovia estadual que vai se conectar à malha ferroviária nacional, em direção ao Porto de Santos (SP), via Rondonópolis onde está a Ferronorte com um dos maiores terminais de grãos da América Latina.
“Acreditamos que daqui a uns dois anos já tenhamos um primeiro fruto desse projeto. Como são quase 730 quilômetros, o prazo total é mais longo, mas os efeitos já serão sentidos no curto prazo, à medida que implantar já o primeiro terminal. A infraestrutura da ferrovia é muito técnica. Você precisa ter condições de rampa, curvas e terrenos com determinadas características. Mas pensamos em um terminal em Primavera do Leste e Nova Brasilândia, além do já previsto. É um grande projeto”. “Na medida em que vai se construindo, vamos colocando outros terminais que já iniciem a operação, de maneira que não precise esperar ter toda a infraestrutura construída para iniciar a operação”, disse, anteriormente, o diretor da RUMO Logística, Guilherme Penin.