O diretor da RUMO Logística, Guilherme Penin, afirmou, hoje, após ser definida a empresa para construir a ferrovia estadual, de Rondonópolis a Cuiabá e a Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, que a apresentação da proposta, de R$ 12 bilhões, se dá pela percepção do empenho do governo do Estado, por meio dos investimentos realizados na melhoria da infraestrutura viária de uma das regiões reconhecidamente produtoras do Estado e do país, que é o Médio-Norte mato-grossense – o que vai possibilitar a ampliação da atuação da empresa em Mato Grosso.
Hoje a comissão responsável pela chamada pública abriu o envelope com a proposta da empresa (única participante), bem como os documentos de habilitação que, agora, serão analisados. A previsão é que o resultado final saia em até 15 dias e, após a homologação, será emitida autorização e formalização de contrato de adesão.
O diretor apontou que a expectativa é que, a partir da autorização oficial, a empresa possa começar a implantar a ferrovia estadual já nos próximos dois anos. “Acreditamos que daqui a uns dois anos já tenhamos um primeiro fruto desse projeto. Como são quase 730 quilômetros, o prazo total é mais longo, mas os efeitos já serão sentidos no curto prazo, à medida que implantar já o primeiro terminal. A infraestrutura da ferrovia é muito técnica. Você precisa ter condições de rampa, curvas e terrenos com determinadas características. Mas pensamos em um terminal em Primavera do Leste e Nova Brasilândia, além do já previsto. É um grande projeto”, garantiu. O projeto prevê também cerca de 60 pontes de Rondonópolis até Lucas. “Na medida em que vai se construindo, vamos colocando outros terminais que já iniciem a operação, de maneira que não precise esperar ter toda a infraestrutura construída para iniciar a operação”, acrescentou.
A RUMO poderá operar e explorar a ferrovia por 45 anos, sendo que a infraestrutura ferroviária poderá ser compartilhada pela empresa vencedora com outra empresa de transporte ferroviário que venha a prestar serviços no Estado.
O diretor também elogiou a iniciativa do governador Mauro Mendes em definir a ferrovia estadual, a partir da Ferronorte em Rondonópolis (que está conectada a malha nacional) e por conta das obras em infraestrutura que o governo estadual tem feito. “Há muitas obras em andamento e você precisa colocar o terminal em um local que esteja bem alimentado com rodovias locais, para escoar a produção. Não vamos colocar a ferrovia em um ponto que não esteja muito bem comunicado com rodovias estaduais – e muitas obras estão sendo feitas pelo governo do Estado. Por isso, ainda estamos estudando muito bem para alocar os terminais nos melhores locais possíveis, para não ter custo maior ao usuário. Estamos estudando uns quatro ou cinco terminais”, afirmou.
O secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Oliveira, disse que hoje é um dia histórico. “Nós como cuiabanos e mato-grossenses, que seguramos essa terra com nosso suor, hoje temos o prazer de estar abrindo essa proposta. Uma vitória do governador Mauro Mendes, do Estado e daqueles que acreditam em Mato Grosso. É uma vitória deste governo, que veio para revolucionar o Estado e vai continuar trabalhando pelo desenvolvimento de Mato Grosso”, declarou, durante a sessão.
Ontem, em Brasília, o governador Mauro Mendes e o ministro Tarcisio Freitas assinaram convênio que proporciona ‘segurança jurídica’ para ser feita a ferrovia estadual.
Mauro também esteve na solenidade com o presidente Bolsonaro, nesta 5ª feira à tarde, quando o governo federal recebeu, oficialmente, 10 pedidos para a construção de ferrovias que vão ligar nove estados em quatro regiões