O governo federal, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou hoje, no Diário Oficial da União, uma portaria que estabelece os calendários de semeadura de soja referente à safra 2021/2022, que deverão ser seguidos pelos estados produtores em todo o país.
A medida fitossanitária, implementada no Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS), visa racionalizar o número de aplicação de fungicidas e reduzir os riscos de desenvolvimento de resistência do fungo Phakopsora pachyrhizi às moléculas químicas utilizadas no controle desta praga.
Conforme a portaria, em Mato Grosso o plantio de soja pode ser realizado a partir de 16 de setembro de 2021, podendo seguir até 3 de fevereiro de 2022. Segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) a decisão atende a um anseio dos produtores do Estado.
“Esta portaria do Mapa é uma grande conquista para o produtor de soja do Estado, já que a calendarização anterior estabelecida em 2015, não representava a realidade prática vivida pelo produtor no campo, o que foi comprovado cientificamente, inclusive mostrando uma sanidade e uma qualidade melhor do grão, quando plantado para semente em fevereiro”, afirmou Fernando Cadore, presidente da Aprosoja-MT.
O calendário de semeadura da soja que, até o momento, era estabelecido somente nos estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Tocantins, passou a ser obrigatória também, a partir desta safra, nos estados do Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e São Paulo, totalizando 20 unidades da federação com período determinado para início e final do plantio.
Os calendários foram estabelecidos a partir das sugestões de Agências Estaduais de Defesa Agropecuária e do Zoneamento Agrícola de Risco Climático, ajustados em função das condições peculiares de cada região produtora.