Cerca de 100 ônibus com apoiadores mato-grossenses do presidente do Jair Bolsonaro (Sem partido) vão compor a caravana rumo à Brasília para participarem das manifestações do dia 7 de setembro, em defesa de pautas de interesse do chefe do Planalto. A estimativa é do coordenador do Movimento Direita Mato Grosso e ex-candidato a vereador, Rafael Yonekubo.
O ativista afirmou que os veículos sairão de diversos municípios do Estado, como Cuiabá, Sinop e Sorriso, cidades que concentram grande parte do eleitorado do presidente. O grupo pretende embarcar no domingo (5), dois dias antes do ato que será realizado no feriado da Independência do Brasil. “Conseguimos o apoio de empresários e produtores rurais para custear o transporte e hospedagem. Só da nossa parte já estão confirmados 4 ônibus com 274 pessoas. No entanto, sairão ônibus de outras cidades do Estado”, explicou.
Os atos de 7 de setembro vêm sendo arquitetados pelos grupos do direita em apoio a Bolsonaro, que há semanas inflama seus seguidores a irem às ruas para promover as pautas de seu governo, como por exemplo, as investidas contra a Suprema Corte que já renderam um pedido de impeachment apresentado pelo presidente contra Alexandre de Moraes. O protocolo, contudo, foi rejeitado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Além disso, os apoiadores ainda pretendem protestar pelo voto impresso, proposta defendida por Bolsonaro que foi enterrada pela Câmara dos Deputados no início do mês passado. “Estamos indo para defender o governo e protestar contra os ministros Alexandre de Morais e Luís Roberto Barroso, contra a prisão do Daniel Silveira e o passaporte da vacina. Muitos dizem que o presidente não tem apoio e vamos mostrar que ele realmente tem”, complementou.
Yonekubo ainda rebateu as afirmações de que os atos são antidemocráticos. Segundo ele, o manifesto deve ocorrer de forma pacífica. “A gente acredita que vá ter um avanço para que não haja interferência entre os Poderes. Vamos protestar de forma pacífica e já demos orientação para o grupo. Não estamos fazendo algo para colocar fogo em pneus, praças ou quebrar banco”, finalizou.