A secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística realiza na próxima sexta-feira, às 9h, a sessão de abertura de propostas de empresas interessadas em obter autorização do Estado para implantação da primeira ferrovia estadual, que prevê a implantação de 730 quilômetros de linha férrea, que vão interligar Rondonópolis a Cuiabá, além de Rondonópolis com Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, e que vão se conectar com a malha ferroviária nacional.
A seleção das empresas interessadas está prevista no edital de Chamada Pública para implantação da ferrovia, sob regime privado, lançado pelo governador Mauro Mendes no mês de julho, em uma iniciativa pioneira em Mato Grosso.
Durante a sessão de abertura, a comissão responsável pela Chamada Pública vai anunciar o nome das interessadas e abrir os envelopes com propostas e documentos de habilitação que foram protocolados. Essa fase do processo de seleção será acompanhada pelo secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira.
Após essa fase, a comissão fará procedimentos internos de analisar os documentos apresentados pelas interessadas para fins de classificação, habilitação e viabilidade locacional. A previsão é de que o resultado final da Chamada Pública seja divulgado em até 15 dias. Somente após isso, será feita a expedição da autorização e formalização de contrato de adesão.
Com a assinatura do contrato, fica autorizada a implantação, operação e exploração da ferrovia pelo prazo de 45 anos e a infraestrutura ferroviária poderá ser compartilhada pela empresa vencedora com outra empresa de transporte ferroviário que venha a prestar serviços no Estado.
Ao todo, estão estimados investimentos de R$ 12 bilhões para a implantação da ferrovia estadual e a previsão é de que o terminal de Cuiabá seja concluído até o 2º semestre de 2025, enquanto o de Lucas do Rio Verde deverá ser finalizado até o 2º semestre de 2028.
A implantação da ferrovia vai impactar diretamente 27 municípios de Mato Grosso que estão próximos ao traçado da linha férrea, segundo estudos realizados pela Sinfra, além de tornar Mato Grosso mais competitivo, com maior capacidade de escoamento dos produtos do agronegócio, redução dos custos do transporte e melhoria da infraestrutura logística.