Os dois suspeitos foram presos pelo Grupo de Apoio da Polícia Militar, hoje de madrugada, e apontaram que Flávio Marques Ferreira, de 20 anos, pode estar enterrado em uma área de mata nas proximidades da comunidade Cantinho da Floresta (acesso pela estrada Rota Verde Claro), a cerca de 36 quilômetros da região central de Sinop. A via de acesso até a estrada vicinal é a MT-220 – sentido ao município de Juara.
O delegado de Polícia Civil, responsável pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Bráulio Junqueira, confirmou, há pouco, ao Só Notícias, que as equipes estão sendo organizadas e as buscas serão retomadas esta manhã. O Corpo de Bombeiros também já foi acionado para auxiliar nos trabalhos.
De acordo com o GAP da PM, os dois suspeitos que apontaram a possível localização, foram presos no bairro Menino Jesus, em ação que contou com apoio da Agência Regional de Inteligência, por porte ilegal de arma de fogo. Com eles, foram apreendidos um revólver calibre 38, três munições e quantia em dinheiro (valor não revelado).
Durante a prisão, ao serem interrogados se a arma de fogo teria sido utilizada para matar Flávio, acabaram declarando o local em que ele pode estar enterrado, mas que o crime foi cometido com um facão. Eles não souberam detalhar os possíveis executores. Por outro lado, disseram aos policiais quem seria o mandante do homicídio.
Ao serem questionados como sabiam estas informações, apontaram que ouviram comentários, e que Flávio teve a morte determinada após afirmar que seria integrante de uma organização criminosa, que age em Mato Grosso do Sul, e estaria chamando outros integrantes para virem à Sinop.
Eles ainda passaram aos policiais as identificações e bairros em que outras pessoas que sabem do crime residem, e podem ter envolvimento direto na violenta morte. O jovem está desaparecido desde a última sexta-feira (20), e sua Honda CG Start vermelha foi encontrada no sábado (21), em um córrego na estrada Ana, após a avenida André Maggi.
Na última terça-feira, as equipes fizeram buscas na região da estrada, e em outro local em que o jovem foi visto, mas não encontraram vestígios. Após isso, a polícia passou a ouvir pessoas que tinham proximidade com Flávio. Na quinta-feira, os trabalhos foram em uma área de mata nas proximidades do Residencial Iguatemi, na região do bairro Maria Vindilina. Já ontem, retornaram no mesmo local, porém, como o corpo não foi encontrado, a Polícia Civil decidiu suspender.
As imagens estariam circulando em grupos de aplicativo e ele recebeu de um colega de trabalho do jovem. No boletim de ocorrência, também foi detalhada uma possível motivação para o crime, além de dois suspeitos, que podem estar envolvidos na violenta morte do jovem.
Esta área de mata, próximo ao Maria Vindilina, funciona como um tribunal do crime. A avaliação é do investigador Wilson Cândido, da DHPP. Segundo ele, a região é utilizada para os “julgamentos” feitos por uma facção criminosa.
As buscas se intensificaram após o pai do jovem procurar a delegacia para denunciar que recebeu um vídeo do filho com a cabeça arrancada, mãos e pés amarrados, em uma região de mata, no último domingo à noite. No boletim de ocorrência, também foi detalhada uma possível motivação para o crime, além de dois suspeitos, que podem estar envolvidos na violenta morte do jovem.