O Tribunal do Júri decidiu absolver o principal acusado pela morte de Ednalva dos Santos, 46 anos. A motorista de aplicativo foi assassinada na própria casa, na rua dos Guarandis, no bairro Jardim Imperial, em dezembro do ano passado. Ela foi atingida por um golpe de faca no peito e chegou a ser socorrida pelo filho, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.
O ex-companheiro de Ednalva foi submetido a julgamento esta semana e a maioria dos jurados acatou a tese de negativa de autoria sustentada pela defesa, votando pela absolvição do acusado. Com a decisão, a Justiça decidiu revogar a prisão preventiva do ex-companheiro de Ednalva. Ele estava preso na penitenciária Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”. Ainda cabe recurso contra a sentença.
O réu foi julgado por homicídio qualificado, cometido contra a mulher em razão de gênero. Ele também foi denunciado pelo crime conexo de ameaça cometido contra o filho de Ednalva.
Nas alegações finais encaminhadas à Justiça, a defesa do réu pediu a desclassificação do crime de homicídio qualificado para lesão corporal seguida de morte. No entanto, a solicitação não foi aceita pela juíza Débora Roberta Pain Caldas.
“Outrossim, não há que se acolher, ao menos nesta fase procedimental, a tese defensiva de desclassificação, diante dos elementos suficientes a demonstrar o animus necandi, notadamente pela localização do golpe com a faca (ferimento de aproximadamente 2 centímetros na região mamária esquerda), o qual levou ao evento morte da vítima”, destacou a magistrada, em maio deste ano.
Um tenente da Polícia Militar disse que o filho de Ednalva flagrou a situação e conseguiu tomar a faca do ex-companheiro de Ednalva. Ele fugiu a pé, mas a Polícia Militar foi acionada e conseguiu efetuar a prisão. Ednalva foi velada e sepultada em Sinop.
