A bancada de oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) entregou um dossiê à CPI da Covid, com denúncias de supostas irregulidades na Secretaria Municipal de Saúde, na tarde desta quinta-feira (26), no Senado em Brasília. Os documentos foram repassados ao membro Comissão, senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), e pede que o chefe do Executivo seja convocado para prestar esclarecimento.
De acordo com as informações, os registros são referentes a Operação Curare da Polícia Federal e também da operação Overpriced, que investiga desvio de dinheiro na compra de medicamentos. Deflagada em julho deste ano, a operação Curare teve como objetivo desarticular uma organização criminosa acusada de fraudar R$ 100 milhões em contratações emergenciais e recebimento de recursos públicos a título de indenização sem processo licitatório. Na ocasião, os secretários de Saúde Célio Rodrigues e de gestão Alexandre Beloto foram afastados dos cargos.
Já a Overpriced foi deflagrada em outubro do ano passado e culminou afastamento de Luiz Antônio Possas de Carvalho. A entrega dos documentos foi feita pelos vereadores Dilemário Alencar (Podemos) e Coronel Marcos Paccola (Cidadania), a vereadora Michelly Alencar (DEM) e a suplente Maysa Leão (Cidadania).
“São inúmeros escândalos de corrupção nesta gestão. No caso das operações Curare e Overpriced envolvem dinheiro do governo federal para ações de combate à Covid-19, dinheiro que era pra salvar vidas mas que está sendo escoado pelo ralo da corrupção”, disse Michelly Alencar.
O senador Luis Carlos Heinze disse que está sendo articulada a abertura de uma CPI mista entre Senado e Câmara dos Deputados para que seja investigado o desvio de dinheiro público federal enviado aos Estados e municípios, já que parte dos membros da atual CPI não quer ampliar o foco da investigação.
“Nós agora, senador Marcos Rogério, senador Girão, eu e outros senadores estamos tentando fazer uma CPI mista entre Câmara e Senado para fazer essa investigação. É muito dinheiro colocado na lata do lixo. Aí está a verdadeira corrupção”, disse o senador.
Outro lado
O prefeito de Cuiabá foi procurado, por meio da sua assessoria, mas, até o momento, não se manifestou.
