A juíza Ana Helena Alves Porcel Ronkoski mandou prender novamente um dos acusados de envolvimento no homicídio de Nilo Rocha Ramos Júnior, 18 anos. O jovem foi assassinado a tiros, em abril de 2016, na rua Mangueiras, no bairro Bela Vista. O crime teria ainda a participação de dois menores.
O suspeito teve a prisão preventiva revogada, mediante o cumprimento de medidas cautelares, como permanecer em casa no período noturno e manter endereço atualizado. Após a revogação, a Justiça tentou intimá-lo sobre o júri popular que estava marcado para o mês de abril. O réu, porém, não foi encontrado no endereço informado.
Além disso, o Ministério Público do Estado (MPE) comunicou a Justiça que o réu foi preso no início deste mês e também passou a ser investigado por uma tentativa de homicídio ocorrida no dia 17 de julho. A Justiça também recebeu a confirmação de que o acusado esteve em um bar no dia 23 do mês passado, durante o período noturno.
“Desta feita, verifica-se que restou configurado o descumprimento de pelo menos duas das condições que lhe foram impostas. Com efeito, é pacífica a jurisprudência do Tribunal de Justiça de nosso Estado e do Superior Tribunal de Justiça, de que o descumprimento das medidas cautelares alternativas à prisão constitui fundamento suficiente para decretação da prisão preventiva, pois, essa circunstância demonstra claramente que as medidas adotadas anteriormente pelo juízo para resguardar a ordem pública e a aplicação da lei penal, não se mostraram eficazes para esse desiderato”, comentou a magistrada.
A juíza ainda determinou a realização do julgamento no dia 17 de setembro. A sessão será realizada de maneira presencial.
Conforme Só Notícias já informou, de acordo com a denúncia do Ministério Público, Nilo teria ameaçado um dos adolescentes, na saída de uma escola. O menor teria relatado a situação ao acusado, que, por sua vez, teria emprestado um revólver para que a vítima fosse executada.
A Promotoria relatou na denúncia que o suspeito chegou a ir junto com os dois adolescentes até a residência de Nilo, porém, não o encontraram no local. Em seguida, fizeram buscas pela cidade e trocaram de motocicletas, tendo o acusado incitado os menores a procurarem a vítima.
Com a moto do acusado, os adolescentes teriam ido até o bairro Bela Vista, onde viram Nilo trafegando em uma bicicleta. Os menores se aproximaram e, segundo a denúncia, um deles sacou o revólver calibre .38 e disparou várias vezes.
O réu foi denunciado por homicídio qualificado, cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele também foi denunciado pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e corrupção de menores.