O corregedor da câmara de vereadores, professor Mário Sugizaki (Podemos) confirmou, há pouco, que não há materialidade e por isso, no momento, não será instaurada uma comissão disciplinar para investigar possível quebra de decoro parlamentar pelo vereador Toninho Bernardes (PL), preso em operação da Polícia Federal no último dia 4.
“Seguimos o que temos nas nossas legislações e o meu parecer final, concluindo, foi o arquivamento desse processo pela falta de materialidade do caso em questão”, ponderou o corregedor (foto), na tribuna, durante a sessão ordinária.
Ainda de acordo com Sugizaki, o relatório foi elaborado com base nos fatos e documentos disponíveis e foi apresentado aos vereadores na quinta-feira. A decisão seguiu artigos de resolução de 2003 e da lei orgânica municipal.
A representação do relatório, segundo o corregedor, não é final, portanto, ainda deve ser analisada pela mesa diretora da câmara. Sugizaki ainda apontou que é “difícil é estar numa posição que temos não só que julgar, mas definir os caminhos daquilo que é certo ou errado, ou daquilo que é bom, do bem ou mal”.
Na operação, policiais federais cumpriram ordem judicial e entraram na Câmara Municipal, fazendo buscas no gabinete de Toninho, que foi preso em sua casa, acusado de receber e distribuir agrotóxicos contrabandeados, na segunda fase da operação Terra Envenenada. O esquema era de contrabando de agrotóxicos ilegalmente importados do Paraguai e China. Ele foi solto no dia seguinte. Ele nega as acusações da PF que seria receptador e distribuidor de agrotóxicos.
Na operação, outros seis suspeitos, também tiveram prisões decretadas. O grupo teria movimentado milhões, segundo o delegado de Polícia Federal, Rodrigo Martins.