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Secretária diz que países de ativistas contra a ferrovia Sinop-Miritituba são “cobertos de ferrovias”

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: arquivo/assessoria)

A secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier, criticou o grupo de ativistas internacionais que deve chegar ao Brasil, esta semana, para pressionar contra a implantação da Ferrogrão, corredor ferroviário projetado para ligar Sinop ao porto de Miritituba, no Pará. Ela afirmou que não consegue entender o porquê da resistência contra a ferrovia e apontou que os países de onde vêm os ativistas são “cobertos por ferrovias”.

“Vi o discurso do governo Joe Biden (presidente dos Estados Unidos), recentemente, defendendo as ferrovias e o argumento deles é de que é para gerar empregos, respirar melhor, porque elas poluem menos, e para conseguir mais eficiente e produtivo. A defesa do governo americano para ter mais ferrovias é a mesma nossa. Mas por que quando é a gente somos tão criticados? A impressão é que nosso agronegócio assusta. O país é tão grande, tão rico, desenvolveu tecnologia de agronegócio e somos competitivos. Então, tem uma competição no mundo por esses produtos, por essa eficiência. E eu lamento, mas o Brasil vai desenvolver suas ferrovias, suas rodovias, seus portos. Seremos ainda mais competitivos”, afirmou Martha, em entrevista ao portal Poder 360.

Martha também rebateu o argumento de que a ferrovia irá gerar um grande dano ambiental. “O projeto da ferrovia foi muito bem desenhado para acompanhar a BR-163. Ou seja, a BR, por definição, já teve processo de licenciamento. Você faz a ferrovia na faixa da rodovia para ter o mínimo de impacto no meio ambiente. Os estudos comprovam que, além de tudo, você tem impacto positivo pela substituição. Ou seja, menos carretas. A ferrovia polui muito menos que o modal rodoviário, ou seja, vai ter uma redução gigantesca na emissão de CO2, e cria um corredor de proteção da mata. Diferente da rodovia, que você vê clarões se abrindo de pátios de caminhões e rodovias paralelas, naquele efeito espinha de peixe”, afirmou.

Segundo Martha, o governo federal não descarta mudar o traçado da ferrovia. Os processos para implantação do empreendimento estão paralisados, desde março, por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que acatou pedido feito pelo Partido Solidariedade e Liberdade (Psol). Ao deferir a liminar, o ministro entendeu que a exclusão de 862 hectares do Parque Nacional do Jamanxim, no Pará, para passagem da ferrovia, não poderia ter sido concretizada por meio de Medida Provisória (MP) e demandaria a promulgação de “lei em sentido formal”.

Martha vê com otimismo o desfecho da ação no STF. Isso porque a decisão de Alexandre é liminar (temporária) e precisará passar pela análise do plenário do Supremo, o que ainda não tem data para ocorrer. No entanto, segundo ela, o governo já tem alternativas para manter o projeto, caso a decisão de Alexandre seja mantida. Uma das opções é fazer a alteração do parque por meio de um projeto de lei aprovado no Congresso. A outra possibilidade seria mudar o traçado da ferrovia, o que resultaria em um custo adicional de R$ 2 bilhões.

No próximo dia 21, o ministro Tarcísio Gomes de Freitas estará em Sinop, participando de movimento em apoio à construção da Ferrogrão. O ato será no Centro de Eventos Dante de Oliveira.

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