A 21ª Promotoria de Justiça Criminal da Comarca de Cuiabá do Núcleo de Defesa da Vida, ofereceu, ontem, denúncia contra esposa, sogra e amante por homicídio qualificado praticado contra Noel Marques da Silva, que era sargento da reserva da Polícia Militar. O crime ocorreu no dia 22 de agosto do ano passado, no bairro Jardim Colorado.
De acordo com a denúncia, a mulher casada com o sargento há aproximadamente 10 anos. Na semana anterior ao crime, o PM havia deixado a sua casa para morar com o irmão em razão dos problemas conjugais. Segundo o Ministério Público, para se apropriar da totalidade dos bens e ainda ficar com a pensão do policial, a denunciada ofereceu recompensa ao amante com quem já havia mantido um relacionamento extraconjugal, para que matasse a vítima.
O MP afirma ainda que conversas extraídas do aparelho celular da denunciada revelaram que a sua mãe, a instigou para que contratasse alguém para matar o genro. Os três denunciados estão presos e devem responder por homicídio com as qualificadoras motivo torpe, utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima e mediante promessa de recompensa, no caso específico do autor dos disparos.
Consta na denúncia que na noite do crime, a vítima chegou na residência pertencente a seu irmão e, ao descer de seu carro para abrir o portão da casa, foi surpreendida pelo amante da mulher e uma terceira pessoa ainda não identificada, que já a aguardavam, oportunidade em que foi atingida por disparos de arma de fogo que a atingiram nas regiões infraclavicular esquerda e occipital, provocando sua morte por traumatismo crânio encefálico.
Noel Marques da Silva Júnior, filho do Policial Militar vítima do homicídio ocorrido em agosto do ano passado, também foi assassinado mediante disparos efetuados pelo amante, com auxílio de outros dois homens,
Segundo apurado, em outra ação penal, Noel Júnior havia testemunhado no inquérito que apurou o crime cometido contra o seu pai e cobrava o esclarecimento dos fatos, o que motivou o acusado e comparsas a planejar a execução da sua morte. Na mesma ocasião também tentaram matar uma testemunha, esposa de Noel Júnior, apenas não consumando o crime por circunstâncias alheias às suas vontades.
Em depoimento prestado à polícia, o acusado afirmou que também planejava matar a mulher do sargento, já que não teria recebido a recompensa pelo crime cometido.