A Justiça negou um novo pedido para revogar a prisão preventiva do principal suspeito de assassinar um adolescente de 16 anos, com um golpe de faca. A vítima foi morta em maio deste ano, na praça na praça Plínio Callegaro, entre as avenidas Júlio Campos e Acácias, no centro de Sinop. O suspeito foi preso em flagrante, nas proximidades da cena do crime.
No mês passado, o Tribunal de Justiça já havia negado um pedido de liberdade. Ainda assim, a defesa ingressou com um novo pedido de soltura em primeira instância, requerendo a conversão da prisão preventiva em domiciliar, “devido ao estado de saúde do acusado”.
Ao negar o pedido, a Justiça de Sinop citou a gravidade do crime, a garantia da ordem pública e a recente decisão do Tribunal de Justiça, que não autorizou a soltura do réu. Também foi citado que o suspeito pode receber atendimento médico na cadeia.
“Ainda, no tocante ao pleito defensivo de conversão da prisão preventiva em domiciliar, a fim de possibilitar o tratamento de saúde que o acusado necessita neste momento, em virtude de ter contraído o vírus HIV, friso que não fora colacionado aos autos qualquer informação no sentido de impossibilidade de o acusado receber o tratamento adequado na unidade prisional a qual se encontra recolhido, razão pela qual, indefiro o pleito ao menos por ora”.
Poucos dias após o homicídio, a Justiça de Sinop decretou a prisão preventiva do acusado. Ele confessou o homicídio e afirmou que agiu por vingança. Segundo consta no processo, os dois já se conheciam e o suspeito, que tem 21 anos, convidou o adolescente para se encontrarem na praça Plínio Callegaro. No local, começaram a discutir “em virtude de o autuado crer que a vítima o teria transmitido uma doença contagiosa”.
Segundo a investigação inicial apurou, o criminoso teria retirado uma faca de dentro da bolsa que carregava e atingiu o menor com um único golpe, no pescoço. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) constatou que a facada atingiu a artéria carótida da vítima, o que a fez perder muito sangue e morrer antes de o resgate chegar.
Ao decretar a prisão preventiva, a juíza Rosângela Zacarkim, destacou a “gravidade do crime” e as declarações dadas pelo próprio suspeito e testemunhas, que evidenciam a “necessidade” de resguardar a ordem pública. A magistrada também citou que o acusado não reside em Sinop e mora no bairro Vida Nova, em Lucas do Rio Verde. Ao ser preso, ele declarou à Polícia Militar que viajou apenas para cometer o crime.
O adolescente foi sepultado no cemitério municipal de Nova Mutum.