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Sinop: vereador nega ser distribuidor de agrotóxicos contrabandeados e diz que não se afastará do mandato

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Só Notícias/Cleber Romero e David Murba (foto: Julio Tabile)

O vereador em Sinop Toninho Bernades (PL), preso na última quarta-feira, na segunda fase da operação Terra Envenenada, da Polícia Federal, que investiga a comercialização de agrotóxicos ilegalmente importados do Paraguai e China para serem usados em lavouras e, solto, ontem, negou, há pouco, participação no esquema criminoso, afirmou desconhecer os outros seis suspeitos, que também tiveram prisões decretadas, e descartou qualquer possibilidade de afastamento do seu mandato como parlamentar, alegando total inocência.  

O parlamentar explicou que seu nome surgiu na investigação ao comprar um veículo, de um suposto membro da organização, já falecido. “No passado, em 2018, negocie um caminhão com um dos que fazem parte da organização e que está sendo investigado. Através de contatos telefônicos chegaram até mim”, disse. “Estou procurando saber ainda por que vieram até mim. Chegaram na minha casa de manhã e estão investigando crime de contrabando de agrotóxico”, expôs, em entrevista coletiva.

O delegado da Polícia Federal Rodrigo Martins, afirmou na quarta-feira, quando a operação foi realizada, que o vereador seria “o distribuidor local (de agrotóxicos contrabandeados). Recebia os produtos contrabandeados (agrotóxicos) e fazia a comercialização. O vereador nega. “Nunca vendi nem vendo, não conheço as pessoas que estavam presas. Tudo que tenho é declarado, não mexi nem mexo com nada errado. Vou provar minha inocência”, prometeu.

A Polícia Federal fez buscas em seu gabinete, na câmara municipal, com autorização da justiça federal. O parlamentar declarou que não pretende se afastar do mandato. “Vou continuar minha vida pública, vou continuar no meu trabalho, não cometi nenhum crime nem dentro do legislativo nem fora. A justiça de Deus é maior se tem alguém interessado em me derrubar, não vai acontecer. Em nenhum momento passou pela cabeça afastamento, até porque não cometi crime”, rebateu. Segundo o corregedor da Câmara de Sinop, vereador Mário Sugizaki (Podemos), o legislativo precisa ter acesso à investigação para decidir se abre uma comissão processual.

O advogado do vereador, Reginaldo Monteiro, expôs que a operação “teve uma primeira fase, na segunda de investigação, o delegado que comanda entendeu a necessidade de buscar mais elementos de informações e necessidade de mandados de buscas em endereços. Por existir suspeitos em cidades distintas, era preciso fazer buscas ao mesmo tempo em todos os endereços para evitar contato entre os suspeitos. Hoje, não é mais possível condução coercitiva como no passado, então entenderam que a única forma para realizar as buscas, sem que um se comunicasse com o outro, era tirar as pessoas de circulação. Por isso a medida de prisão temporária. Foi uma prisão desnecessária, era possível cumprir todos os mandados de busca e apreensão sem ter prisão”.  

Além do vereador, seis pessoas foram presas em Sinop – alguns empresários – e foram soltos hoje de manhã, por decisão da justiça federal. Os mandados expedidos eram de prisões temporárias. A PF também cumpriu mandados de buscas e apreensões, além de prisões, em Sorriso, Feliz Natal, São Paulo, Campo Grande (MS) e Terra Roxa (PR).

O delegado da PF, Rodrigo Martins detalhou que grupo movimentou milhões com agrotóxicos contrabandeados já que foram transportadas toneladas de produtos, através de caminhões, saindo da fronteira e sendo feita comercialização no Nortão.

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