A Justiça de Sinop decretou novamente a prisão de um dos acusados de assassinar João Bento Espíndola, 44 anos. O homem foi baleado e morto, em agosto de 2019, quando estava em casa, na rua das Jussaras, no Jardim Violetas. O crime teria sido encomendado pelo filho da vítima, um jovem de 19 anos.
No ano passado, a Justiça determinou a soltura do filho de João Bento e do suposto comparsa dele. No entanto, este segundo acusado teria sido preso novamente por porte ilegal de arma de fogo. Diante disso, o Ministério Público Estadual (MPE) requereu que a prisão dele no processo por homicídio fosse novamente decretada, o que foi aceito pela Justiça.
“Portanto, é certo o perigo gerado pelo estado de liberdade do acusado, haja vista o risco de que, em liberdade, venha a encontrar os mesmos estímulos que o levaram a prática do crime e, via de consequência, dar maior segurança e tranquilidade ao meio social, posto que os dados fáticos são suficientes para demonstrar que o caso em apreço vai além da normalidade do tipo penal em comento, constituindo fundamentação idônea para a decretação do custodiado preventivamente”, consta na decisão judicial.
O filho de João Bento continua em liberdade. Conforme Só Notícias já informou, segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público, com base nas investigações da Polícia Civil, o rapaz teria contratado o assassinato do genitor para receber uma herança.
Em dezembro de 2019, conforme Só Notícias já informou, policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) cumpriram mandado de apreensão contra um adolescente de 13 anos, acusado de envolvimento na morte de João. “Com as investigações em andamento após prisão do filho, réu confesso, e o executor, faltava o terceiro. Deu um pouco mais de trabalho, mas conseguimos fazer a apreensão dele” que “desde o primeiro momento, fez toda a trama, foi junto, entrou na residência e praticou o crime”, explicou, em dezembro, o investigador Fábio Augusto.
“Ele confessa o fato, não se esquivou da culpa, confessa a mesma narrativa dos outros que confessaram também. Afirma que não sabia que era para executar o João. Disse que era somente um roubo e iriam dividir certa quantia (em dinheiro) que estaria na casa. O outro sabia que o filho mandou executar e tentaram simular um roubo que não deu certo. Teria um cofre na residência com cerca de R$ 7 mil e seria dividido entre eles após executar o suposto roubo”, disse o policial.
Na época do crime, a Polícia Civil investigou um possível roubo, com base na versão de que bandidos entraram na casa e dispararam contra João Bento. No entanto, conforme a denúncia, o jovem teria combinado a simulação do assalto com os outros dois suspeitos.
Os bombeiros foram até a residência, mas a vítima não resistiu aos ferimentos. No boletim de ocorrência é relatado que um criminoso, usando “jaqueta verde”, ameaçou a esposa de João, que estava desesperada, “para não se meter porque, do contrário, mataria ela também”. É descrito ainda que o casal estava dormindo e ela acordou com barulho, viu um suspeito sair do quarto muito rápido e, “se levantando, viu seu marido sangrando na cama”.
Os criminosos ainda fugiram com a caminhonete Hilux prata da vítima, que foi localizada, no dia seguinte, no bairro Maria Carolina 2, com uma marca de tiro no para-brisa.