PUBLICIDADE

Governo prepara programa de expandir bacia leiteira no Estado; cooperativa no Nortão quer redução de custos

PUBLICIDADE
Redação Só Notícias (foto: Michel Alvim/assessoria)

Laticínios, cooperativas e associações de produtores de leite de Mato Grosso, com intermediação do Governo do Estado, têm um prazo de 15 dias para definir um programa de expansão do setor. A medida foi definida, ontem, no Palácio Paiaguás, entre o governador Mauro Mendes e representantes da bacia leiteira. Foi tratada a necessidade de reduzir a ociosidade dos laticínios do Estado, que hoje chega a 50% da capacidade, segundo dados do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Mato Grosso (Sindilat). “Nossa produção diária é de 4,02 litros de leite por vaca ordenhada. Queremos, enquanto governo do Estado, saber lá da ponta, consultando os envolvidos nesse processo produtivo, como podemos dobrar essa produtividade”, destacou o governador.

O próximo passo será o governo elaborar as ações que cada segmento deverá adotar para colocar o programa em ação. Uma das possibilidades levantadas durante a reunião foi a do Estado oferecer subsídios para que o produtor de leite possa ter acesso a linhas de crédito facilitadas que os ajudem a investir na atividade leiteira, como compra de animais, expansão da propriedade ou aquisição de tecnologias que o ajudem no trabalho diário. “O fundo garantidor que pode dar esse suporte a bacia leiteira está pronto, estamos regulamentando ele na Sefaz  (secretaria de Fazenda) e queremos o quanto antes deixá-lo pronto”, disse o governador.

Mato Grosso ocupa atualmente o 11ª no ranking nacional da produção de leite, e, segundo o presidente da Sindilat, Leonir Chaves, o Estado pode melhorar essa posição. “Mato Grosso hoje já é autossuficiente na produção do leite, e chega a exportar produtos derivados como mozarela, soro e leite em pó. Mas isso pode melhorar. Temos indústrias ociosas precisando de matéria-prima, que com uma ação enérgica de todos os lados, podem expandir mais sua produção, gerar mais empregos e, consequentemente, maior retorno financeiro ao Estado”, declarou, através da assessoria.

O presidente da Cooperativa Mista Ouro Verde (Comov) de Alta Floresta, Antônio Favarin, avalia que uma das ações que podem permear o programa em desenvolvimento é encontrar formas de reduzir os custos de produção de leite. “Hoje pagamos caro para alimentar a vaca. O preço da ração ano passado custava R$ 0,80 centavos o quilo. Hoje essa mesma quantidade está custando R$ 2. Mais que dobrou em menos de um ano”, explicou o presidente da cooperativa que reúne 80 produtores de leite.

Favarin frisou ainda, que essa alta no preço da ração bovina é reflexo da alta do dólar nos últimos meses. “A base da matéria-prima da ração é o milho e a soja. O dólar disparou e puxou o preço da ração junto. O que nós temos de fazer é criar formas de reduzir essa dependência, como por exemplo, estimulando o pequeno produtor a reservar uma área para plantar capineira ou milho em grão, que possam ser usados na alimentação do gado”.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Esmagamento de soja em Mato Grosso aumenta 3,4%; margem das indústrias cai

O esmagamento de soja em Mato Grosso alcançou 1,03...

Confinamento de gado em Mato Grosso pode fechar ano com aumento de 60%

O mais recente levantamento de intenções de confinamento, feito...

Custo da produção de algodão em Mato Grosso tem queda, aponta CPA

A estimativa do custo de produção do algodão em...
PUBLICIDADE