PUBLICIDADE

Ferrogrão de Sinop a Miritituba-Pará é imprescindível para o Brasil, diz ministro

PUBLICIDADE
Redação Só Notícias (foto: Marcelo Camargo/Ag.Brasil/arquivo)

O projeto da Ferrogrão, ferrovia de Sinop a Miritituba (PA), é imprescindível para o Brasil por permitir o escoamento da produção agrícola da região Centro-Oeste pelos portos do Arco Norte em alinhamento com a sustentabilidade e proteção ao meio ambiente. A avaliação é do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, durante participação em debate virtual, do jornal Valor Econômico, para discutir os investimentos federais em ferrovias. “Quem diz que a extensão da Ferronorte ou a duplicação da BR-163 (em Mato Grosso) é melhor, não entende nada de sustentabilidade nem conhece o projeto da Ferrogrão”, disse Tarcísio. O projeto da ferrovia prevê a conexão, com 933 km de trilhos e investimentos na ordem de R$ 25 bilhões, entre a região produtora de grãos do Centro-Oeste ao Pará, desembocando no Porto de Miritituba.

Conforme o ministro, as críticas de ativistas e entidades ambientalistas – inclusive internacionais – contra o projeto são descabidas. A ferrovia vai criar uma barreira verde, com plantio conservatório, segurando a expansão fundiária e retirando gás carbônico da atmosfera. “Tem que separar o que é ideologia, interesse comercial e proteção do meio ambiente. Esses ativistas não conhecem a 163 e seu entorno. Estamos tratando isso com muita responsabilidade”, destacou.

Ele explicou que o projeto foi desenvolvido com a Climate Bond Initiative, possibilitando a captação de “green bonds” e reduzindo em 50% a emissão dos gases do efeito estufa, vai retirar 1 milhão de toneladas de CO2 da atmosfera da Amazônia. Além disso, o projeto passa exclusivamente na faixa de domínio da BR-163/MT, não cortando qualquer terra indígena. As mais próximas estão a 4 quilômetros (Praia do Mangue) e 7 quilômetros (Praia do Índio).

No debate, o ministro listou os investimentos que estão sendo realizados pelo país no modal ferroviário. Destacou que, desde o início da atual gestão, o Governo Federal já assegurou mais de R$ 31 bilhões contratados junto à iniciativa privada para as ferrovias brasileiras – uma forma de fazer frente à necessidade de expansão da malha nacional apesar das restrições do orçamento público.

No entanto, para aumentar o volume de investimentos, é preciso aprovar um marco legal das ferrovias, como o projeto de lei 261/2018, que tramita no Senado Federal. “O instrumento de autorização é importante para reequilibrarmos a matriz do transporte, ampliando a participação do modal ferroviário [de 15% para 40% até 2035 com a mudança na lei]. A própria visão e os investimentos privados vão contribuir para dar maior eficiência à logística de transportes do país”, completou o ministro.

Ele explicou ainda que as renovações antecipadas de concessões, como ocorreu com a Malha Sul, que atravessa Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, e a Vale na Estrada de Ferro Vitória Minas, injetam recursos imediatos na ampliação da malha ferroviária. Neste sentido, o ministério deve encaminhar ao Tribunal de Contas da União, em setembro, os estudos econômicos para a renovação antecipada da malha, que opera mais de 1,6 mil quilômetros de trilhos na região Sudeste, por mais 30 anos.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Coronel Mendes anuncia saída do comando-geral da Polícia Militar

O coronel Alexandre Mendes anunciou que vai deixar o...

Em visita a Mato Grosso, senadores avaliam necessidade de investimentos para preservar o Pantanal

Políticas públicas e investimentos em profissionais e em equipamentos...

Mato Grosso segue com 2ª menor taxa de desemprego do país, aponta IBGE

Em mais um trimestre, Mato Grosso segue com uma...
PUBLICIDADE