Foi sentenciado a 16 anos e cinco meses de prisão o homem apontado como assassino de Luceli Rodrigues Ruas. Ela foi brutalmente morta a facadas, em setembro de 2013, em Brasnorte (400 quilômetros de Sinop). Gessy Barbosa Pereira, 37 anos, ex-companheiro da vítima, foi submetido a júri popular e acabou condenado.
Após ouvirem testemunhas, o acusado, um informante, a acusação e a defesa, os jurados entenderam que Gessy cometeu o crime de homicídio qualificado, de maneira cruel, por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa de Luceli. Com a decisão, a juíza Daiane Marilyn Vaz fixou a pena base em 19 anos de cadeia. No entanto, diminuiu o tempo de condenação do réu, em razão da confissão espontânea (circunstância atenuante).
Ao estabelecer a pena, a juíza ainda decidiu manter Gessy na cadeia. “No caso em tela, há provas de autoria e materialidade, razão pela qual o réu foi condenado. Presente, também, o perigo gerado pelo estado de liberdade do réu, o que se depreende pela gravidade concreta do crime pelo qual restou condenado. Ora, o réu desferiu facadas em face da vítima, o que veio a causar sua morte. Não bastasse, deixou a vítima, ainda com vida, prostrada em via pública, e empreendeu fuga, vindo a ser localizado quase cinco anos depois dos fatos, o que faz presumir que, em liberdade, poderia novamente tentar empreender fuga”.
De acordo com a investigação da Polícia Civil, que consta na denúncia do Ministério Público do Estado (MPE), Luceli estava caminhando com uma amiga, quando foi abordada pelo ex. O homem pediu para que a vítima o acompanhasse, mas Luceli recusou. “De supetão, e sem qualquer justificativa, o réu sacou uma faca, e começou a desferir diversos golpes contra a vítima. Consta que, mesmo com a vítima prostrada, o réu a segurou pelos cabelos, continuando em sua empreitada sanguinária, até deixá-la, totalmente sem ação”, cita a denúncia.
Gessy foi localizado em 2018 e encaminhado para o presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, em Sinop. Posteriormente, acabou sendo transferido para a cadeia de Juína. Ele ainda pode recorrer da sentença.