O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário da Região Norte de Mato Grosso (Siticom) garantiu reajuste salarial de 8% para os trabalhadores da construção civil, retroativo a maio, com vigência até 30 de abril de 2023. Foram beneficiados trabalhadores de Sinop, União do Sul, Cláudia, Itaúba e Santa Carmem.
Quem trabalha no setor de almoxarife passa a receber R$ 1,766 por mês e R$, 8,03 por hora, apontador R$ 1,423 e R$ 6,47 por hora trabalhada, eletricista R$ 1,826 e R$ 8,30. Já o encanador receberá piso de R$ 1,826 e R$ 8,30, para encarregado é de R$ 2,362 e R$ 10,74 a hora. Para meia colher, armador, carpinteiro, pedreiro, pintor, gesseiro de obra o valor é de 1,766 por mês e 8,30 por hora. Servente, ajudante e vigia passam a receber R$ 1,315.
“Hoje, baseado no que foi ano passado, teria que ter um reajuste no mínimo de 10%, para dar uma equilibrada maior nos últimos tempos, mas já significa uma melhora no poder de compra do trabalhador. Está tudo caro, feijão, arroz, óleo e o salário não acompanha. O reajuste não é satisfatório, mas se for levar em conta, está dentro do patamar, é tudo que o trabalhador precisa para dar uma aliviada. A construção civil está em alta, é só observar as lojas. Falta tijolo, cerâmica leva 30 dias para entregar e o salário do trabalhador não está perto”, avaliou, ao Só Notícias, o presidente do Siticom, Vilmar Mendes Galvão.
O mercado de trabalho segue aquecido. Em Sinop, houve aumento no número de alvarás de construção. Mês passado, foram expedidos 250, na comparação com o mesmo período do ano passado, onde foram emitidos 162 alvarás, o aumento é de 54% (entre residenciais, multifamiliar e comerciais). O número significa o maior da média histórica dos últimos 20 anos.
Com relação as áreas totais autorizadas para construção, o relatório mostra que em junho, houve um aumento expressivo em metros quadrados autorizados. Foram mais de 72.6 mil m² de área, contrapondo mais de 45,4 mil m² do mês de maio.
O volume de área a ser construída, representa também a movimentação dos mercados da construção civil e imobiliário, que se mantêm aquecidos.