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Federação das Indústrias de MT pede que Bolsonaro vete fundo eleitoral; bancada ajudou a triplicar valor

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

A Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) encaminhou um ofício ao presidente Jair Bolsonaro para que ele vete o aumento de recursos do Fundo Eleitoral. Na semana passada, ao votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022, o Congresso elevou o valor do “Fundão”, de R$ 1,7 bilhão para R$ 5,7 bilhões. 

Para a Fiemt, a decisão dos congressistas é um “contrassenso” em um momento de pandemia. “O momento exige um grande esforço, especialmente em termos de recursos públicos, para que o Brasil se recupere dos efeitos da pandemia. É preciso priorizar nossas reais necessidades, destinando os recursos para o enfrentamento da crise sanitária e para inciativas como a retomada da economia e desenvolvimento social do país”, diz trecho do ofício. 

O presidente da Fiemt, Gustavo de Oliveira, afirmou que “é preciso priorizar nossas reais necessidades, destinando os recursos para o enfrentamento da crise sanitária e para iniciativas como a retomada da economia e desenvolvimento social do país. Estamos acompanhando o assunto de perto. E ficamos felizes que o presidente já tenha divulgado, publicamente, a intenção de barrar essa proposta”. 

Ontem, o presidente Jair Bolsonaro garantiu que deverá vetar o aumento.  “Posso adiantar para você que não será sancionada”, disse o presidente em entrevista exclusiva para a Rádio Nacional da Amazônia, que teve trechos exibidos no programa A Voz do Brasil desta segunda-feira.  “A tendência nossa é não sancionar isso daí em respeito aos trabalhadores, ao contribuinte brasileiro”, complementou o presidente. Segundo Jair Bolsonaro, o dinheiro do Fundo Eleitoral poderá ser mais bem empregado na construção de pontes e construção de malha rodoviária, por exemplo.

Na semana passada, conforme Só Notícias já informou, o Congresso Nacional aprovou o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2022, que determina as metas e prioridades para os gastos do governo no ano que vem. Apesar da votação rápida, apenas uma semana depois da instalação da Comissão Mista de Orçamento, alguns gastos geraram polêmica. Deputados e senadores criticaram o aumento de recursos para o financiamento da campanha eleitoral.

Na câmara, o placar de votação foi de 278 votos a favor, 145 contra e 1 abstenção. Entre os deputados da bancada de Mato Grosso, apenas a deputada Rosa Neide (PT) votou contra o projeto. Leonardo Albuquerque (SD), Emanuel Pinheiro Neto (PTB), Juarez Costa (MDB), Nelson Barbudo (PSL), Valtenir Pereira e Neri Geller (PP) foram favoráveis. José Medeiros (Podemos) não compareceu à sessão. 

Entre os senadores, o placar foi de 40 votos a favor e 33 contra. Os três da bancada mato-grossense, Jayme Campos (DEM), Carlos Fávaro (DEM) e Wellington Fagundes (PR), foram favoráveis. 

A LDO serve como base para o projeto de lei orçamentária (LOA) de 2022, que será apresentado pelo Poder Executivo em agosto. Com a aprovação, o Congresso entrou formalmente em recesso parlamentar, entre 18 e 31 de julho.

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