Pela segunda vez na história, a Itália é campeã da Eurocopa. Neste domingo, a Azzurra venceu a Inglaterra nos pênaltis por 3 a 2, após empate em 1 a 1 no tempo normal e prorrogação, no Estádio de Wembley, em Londres, e sagrou-se campeã continental diante de mais de 67 mil pessoas.
No elenco da campeã, estava o zagueiro mato-grossense Rafael Tolói (foto). Natural de Glória D’Oeste (300 quilômetros de Cuiabá), ele joga pela Atalanta desde a temporada 2015/16. O zagueiro também tem passagens por seleções de base do Brasil — foi campeão sul-americano sub-20 e vice no Mundial da categoria. Naturalizado italiano, foi convocado pela primeira vez pela Azurra em março.
No primeiro tempo, a seleção inglesa só finalizou uma vez, mas foi o suficiente para abrir o placar aos dois minutos com Luke Shaw. Com a vantagem, os donos da casa se fecharam e deram pouco espaço para o time italiano levar perigo.
Na segunda etapa, a Inglaterra ficou ainda mais fechada, mas a Itália conseguiu criar mais. Depois muito insistir, a Azzurra buscou o empate aos 21 minutos com Bonnuci, aproveitando o rebote de cabeçada na trave de Verratti. A igualdade persistiu até o fim do tempo regulamentar e da prorrogação, e a final foi para os pênaltis.
Nas penalidades máximas, Berardi, Bonucci e Bernardeschi converteram para a Itália, enquanto Belotti e Jorginho pararam em Pickford. Já Kane e Maguire marcaram para a Inglaterra, mas Rashford acertou a trave, e Donnaruma defendeu as cobranças de Sancho e Saka e garantiu o título italiano.
Tetracampeã mundial, a Itália voltou a conquistar a Eurocopa depois de 53 anos. Até então, o único título continental da Azzurra havia ocorrido em 1968, quando foi país-sede.
O jogo – A principal novidade na escalação inglesa para a final da Eurocopa foi a entrada do lateral-direito Trippier no lugar do atacante Saka, que somou boas atuações no torneio. A mudança do técnico Gareth Southgate surtiu efeito rapidamente. Logo aos dois minutos, Trippier recebeu boa bola de Harry Kane, dominou pela direita e cruzou para Luke Shaw, que, livre dentro da pequena área, bateu de primeira e abriu o placar.
Após o tento sofrido, a Itália passou a trocar passes e ter mais posse de bola, mas encontrou muita dificuldade para superar a forte marcação inglesa e levar perigo ao gol de Pickford. Já os donos da casa apostavam nas corridas de Trippier, que quase sempre levou a melhor sobre o ítalo-brasileiro Emerson, pela direita.
A primeira boa chance da seleção italiana só foi criada aos 34 minutos do primeiro tempo. Federico Chiesa dividiu no meio-campo, passou pela marcação, arrancou em velocidade e, na entrada da área, finalizou forte rasteiro de canhota, tirando tinta da trave esquerda da Inglaterra.
No fim da primeira etapa, a Itália chegou pela segunda vez. Após cruzamento da direita, Ciro Immobile tentou um voleio, mas parou na marcação adversária. A bola sobrou para Jorginho, que encontrou Verratti. O meia do Paris Saint-Germain girou e arriscou de pé esquerdo, mas Pickford fez a defesa no meio do gol.
O roteiro permaneceu o mesmo no segundo tempo, com a Inglaterra fechada e a Itália com a bola. A equipe de Roberto Mancini, no entanto, criou mais oportunidades após o intervalo. Primeiro, Insigne assustou em cobrança de falta, ao busca o ângulo esquerdo de Pickford e mandar para fora. Depois, o camisa 10 ficou com a sobre dentro da área, levou para linha de fundo e bateu forte de canhota, exigindo grande defesa do goleiro inglês.
Chiesa, mais uma vez, foi o autor de grande chance. Aos 16 minutos, o atacante da Juventus recebeu pela esquerda, invadiu a área, cortou para o meio, limpou duas vezes a marcação e bateu colocado rasteiro, mas Pickford salvou a Inglaterra com o braço esquerdo. A Inglaterra respondeu na sequência, em cabeçada de Stones após cobrança de escanteio que foi defendida por Donnaruma.
Depois de muito pressionar, a Itália buscou o empate aos 21 minutos. Após escanteio cobrado por Emerson pela direita, Cristante desviou e Verratti cabeceou de peixinho, acertando a trave direita de Pickford. No rebote, Bonucci empurrou para a rede com o pé esquerdo.
O empate não mudou a postura das duas seleções. A Itália chegou a assustar com Berardi, após receber lançamento de Bonucci e finalizar pressionado por Pickford, mas não acertou o alvo. Já a Inglaterra não levou perigo real ao gol de Donnaruma. Com isso, a final foi para a prorrogação.
A seleção inglesa voltou a chegar ao ataque com qualidade na prorrogação. Após escanteio cobrado por Shaw, a defesa italiana afastou, e a bola sobrou na entrada da área para Phillips. O volante do Leeds dominou e mandou uma bomba de pé direito, tirando tinta da trave direita de Donnaruma.
A Itália não demorou para responder. Depois de Emerson passar pela marcação de Walker e cruzar na pequena área, Bernardeschi apareceu na primeira trave, mas não conseguiu tocar na bola. Pickford afastou, mas a bola sobrou para Belotti, que chutou travado e mandou para fora.
No segundo tempo da prorrogação, o cansaço falou mais alto, e as duas equipes não conseguiram chegar com qualidade no ataque. Apesar de um embate lá e cá, nenhuma das seleções voltou a balançar as redes, e o campeão europeu precisou ser definido na disputa de pênaltis.
Nas penalidades máximas, Berardi, Bonucci e Bernardeschi converteram para a Itália, enquanto Belotti e Jorginho pararam em Pickford. Já Kane e Maguire marcaram para a Inglaterra, mas Rashford acertou a trave, e Donnaruma defendeu as cobranças de Sancho e Saka e garantiu o título italiano.