A Polícia Civil em Nova Xavantina identificou e autuou 12 pessoas pelo incêndio ocorrido na terça-feira de madrugada, em uma viatura da delegacia do município. Inicialmente, foram identificados dois suspeitos que estavam no local no momento do crime e teriam dado apoio a quatro adolescentes que atearam fogo ao veículo.
A partir das informações, as equipes das Delegacias de Nova Xavantina e de Água Boa, com apoio do Núcleo Regional de Inteligência da Polícia Civil, Agência Regional de Inteligência da PM e apoio operacional da Gerência de Operações Especiais e Gerência de Combate ao Crime, identificaram os suspeitos e outras pessoas ligadas à facção criminosa que se reuniram em uma residência onde comemoravam o crime.
Foram autuados em flagrante delito quatro homens e quatro mulheres pelos crimes de dano ao patrimônio público, incêndio e por integrar organização criminosa. Dois deles também foram autuados por tráfico de drogas e corrupção de menores, pois foram encontradas porções de entorpecentes prontos para venda. Quatro adolescentes também foram autuados em flagrante por atos infracionais análogos. Com eles foi apreendido um veículo que apoiava as ações criminosas.
O delegado Gutemberg de Lucena Almeida, que coordenou a operação Para Bellum, representou à Justiça pela prisão preventiva dos adultos e internação provisória dos adolescentes. “O policiamento permanece intensificado na região para combater as ações dessa organização criminosa, com integração das forças policiais, assim como recebemos também o pronto apoio de outras instituições como Corpo de Bombeiros e Politec”, destacou o delegado.
O crime ocorreu durante a madrugada. Os criminosos atearam fogo na viatura Chevrolet S10, que estava estacionada em frente à delegacia de Nova Xavantina. O policial plantonista ouviu um barulho e ao observar as câmeras de segurança flagrou a viatura em chamas. O Corpo de Bombeiros rapidamente chegou ao local, porém o fogo se alastrou, não sendo possível evitar a destruição do veículo.
Policiais civis de Nova Xavantina e a equipe da Polícia Militar foram comunicados, dando início imediato às buscas dos autores do crime. Equipes da GCCO e da GOE também foram enviadas ao município para auxiliar nas investigações.
A principal suspeita é que o atentado seja represália de uma facção criminosa que foi alvo da operação “Horus” deflagrada pelas Polícias Civil e Militar, no dia 1º de julho no município, quando foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão contra integrantes do grupo criminoso, sendo 26 pessoas conduzidas à delegacia.